Capela de Manuel Dias de Araújo, filho de Francisco Dias e viúvo de D. Ana da Silva Usadomar
Identificador
2506881
Nível de descrição
Documento composto
Código de referência
PT/ABM/JRC/001/0038/00006
Tipo de título
Atribuído
Título
Capela de Manuel Dias de Araújo, filho de Francisco Dias e viúvo de D. Ana da Silva Usadomar
Datas de acumulação
1699 (data de abertura dos autos)
Datas descritivas
1644-09-05 (data de instituição do vínculo)
Dimensão
1 cap.: 59 f. ms. (50 nums)
Âmbito e conteúdo
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: escritura de dote e casamento (f. 2 v.º-8 v.º) celebrada em 1644-09-05, entre o instituidor, sua mulher Ana da Silva Usadomar e os dotados, seu filho Inácio da Costa Usadomar e sua noiva D. Antónia Berenguer, filha de Heitor Nunes Berenguer e de D. Maria de Lira. Escrivão: António Gonçalves Boim, tabelião de notas nesta cidade do Funchal.ENCARGOS (ANUAIS): dois mil réis de foro para dez missas (nove rezadas e uma cantada em dia de Nossa Senhora, a 8 de dezembro), pagos à Confraria de Nossa Senhora da Conceição da igreja da Ribeira Brava, situada junto à fazenda dos instituidores.BENS DO VÍNCULO: dotam as terças dos seus bens «de mão comum», impostas em vários lugares na Fajã dos Bichos, limite do lugar da Ribeira Brava, no escravo preto Manuel e no escravo Bernardo de Cabo Verde. Nestas fazendas instituem vínculo de morgado «fazem dellas morgado porquanto todas sam livres».SUCESSÃO: nomeiam o filho dotado Inácio da Costa Usadomar, depois o filho ou filha legítimo primogénito; não os tendo, ficaria à dotada D. Ana Berenguer e a D. Maria da Silva, filha dos instituidores. Não havendo herdeiros, e sendo os instituidores ainda vivos, estes poderiam nomear quem lhes parecesse; e morrendo eles instituidores e ficando o dito filho Inácio, então este poderia nomear num parente da geração de seu pai ou mãe.OUTROS VÍNCULOS: i) no seu codicilo (f. 12-17), aprovado em 1665-12-23, institui outro vínculo imposto na quinta e ermida de Nossa Senhora da Boa Nova na freguesia de São Gonçalo, com encargo de missa cantada e pregação no dia do seu orago, e que deixa ao filho; porém, uma informação do promotor fiscal dos Resíduos (f. 39 v.º), de março de 1792, menciona que o instituidor no seu codicilo não poderia «acrescentar-lhe mais nada» (outras pensões), visto que vinte e um anos antes já tinha dotado a sua terça ao filho, com o ónus dos 2000 réis.ii) na aludida escritura de dote, por sua morte, nomeia o filho na administração do vínculo de sua mãe (do instituidor) Maria de Araújo, imposto numa quinta na freguesia de Santo António, que parte pelo norte com a quinta das freiras de Santa Clara, sul com fazenda de Bento de Matos Coutinho.ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS em 1698-02-01: D. Joana de Menezes, viúva de Manuel de Vasconcelos e Silva e nora de D. Antónia Berenguer (acima dotada), na qualidade de tutora de seu filho menor Bernardo de Vasconcelos.ÚLTIMO ADMINISTRADOR: morgado Sebastião Francisco Falcão Lima e Melo Trigoso, pelo seu procurador.Outras informações da escritura de dote (f. 2 v.º-8 v.º):BENS DOTADOS PELOS PAIS DA NOIVA: dotam as suas terças (sem nomeação de encargos); mais um alvará de capitão entretenido de uma das praças desta cidade, com ordenado de 80.000 réis anuais pagos pelo almoxarifado da Alfândega; uma morada de casas sobradadas junto à igreja matriz da vila da Calheta; fora a escrava Luísa da Guiné, que era da dotada D. Antónia Berenguer.BENS DOTADOS PELOS PAIS DO NOIVO: as suas terças, acima referidas; quatro serrados de vinhas e árvores de fruto no lugar da Ribeira Brava (o Serrado da Cruz, da Caldeira, das Freiras e do Pinheiro), comprados a Sua Magestade, por escritura de 1644-06-08 de Francisco do Vale, tabelião em Lisboa, sendo que sobre estes serrados corre litígio com a mulher e filhos de Diogo Fernandes Branco. Caso esta demanda não findasse no ano seguinte, comprometiam-se a dar aos dotados 600 mil réis em dinheiro de contado; um lugar de vinhas e árvores de fruto nas Fontes, Ribeira Brava; outro serrado de vinhas e árvores de fruto, com casa palhaça, na Madalena do Mar; o direito e senhorio de um moio de trigo anafil, posto e medido no Funchal, pago pelo licenciado Bento de Matos Coutinho e imposto no serrado da Amoreira (cf. escritura feita em 1639-12-16 pelo notário Luís Gonçalves); outro moio de trigo pago por António Gomes, morador na vila da Calheta, e outros; uns montados e terras por cima da ermida de Santa Ana, da freguesia de São Roque, com a condição de deixarem pastar trinta cabras neste montado, em vida dos dotadores; dotam, ainda, um escravo Bento e uma mulatinha Violante; finalmente, a quinta na freguesia de Santo António, atrás referida.LITERACIA: as dotadoras D. Ana da Silva Usadomar e D. Maria de Lira não sabem escrever.TESTEMUNHAS: Sebastião de Teives, que assinou a rogo de D. Ana da Silva; António Gonçalves, mareante, morador na Ponta do Sol, ora estante nesta cidade; Baltazar de Abreu Berenguer, que assinou a rogo da mãe D. Maria de Lira; Outras informações do codicilo (f. 12-17) aprovado em 1665-12-23, aberto a 25 do mesmo mês e ano:Valida o último codicilo que havia feito na ilha da Madeira e ficara na mão de Francisco Gonçalves, capelão da Sé.HERDEIRO UNIVERSAL: o filho Inácio da Costa de Vasconcelos.ENTERRAMENTO: igreja de Nossa Senhora dos Mártires, Lisboa, onde ora era freguês, residente na rua da Barroca.TESTAMENTEIROS: o filho e, em Lisboa, Martim Gonçalves de Souto e o Dr. Gregório de Madeira.DÍVIDAS: 8000 réis a Pedro Valenstein, estrangeiro, morador em São Paulo, Lisboa; 6000 réis a Luís de Moura, morador à Esperança, Lisboa; 10.000 réis a Martim Gonçalves de Souto; 4000 réis ao desembargador Gregório Gomes Madeira.ESCRAVOS: Joana, parda, determina que e enviem para a casa do filho na Madeira; escravo preto Manuel e escravo Bernardo de Cabo Verde, incluídos na terça dos bens.
Condições de acesso
Fora de consulta devido ao mau estado de conservação.
Cota atual
159-2
Cota original
Mç. 38, n.º 403
Cota antiga
Cx. 54, n.º 2
Idioma e escrita
Português
Notas
A mais a f. 1A.
Publicador
josevieiragomes
Data de publicação
15/01/2024 15:22:31