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Capela de Gaspar Correia Henriques

Detalhes do registo

Identificador

2506631

Nível de descrição

Documento composto   Documento composto

Código de referência

PT/ABM/JRC/001/0038/00002

Tipo de título

Atribuído

Título

Capela de Gaspar Correia Henriques

Datas

1612  a  1870 

Datas de acumulação

1614 (data de abertura dos autos)

Datas descritivas

1612-12-20 (data de instituição do vínculo)

Dimensão

1 cap.: 130 f. ms.

Suporte

Extensões

1 Capilha

Âmbito e conteúdo

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1612-12-20 pelo notário Pêro de Quintal; aberto em 1613-01-21.ENCARGOS (ANUAIS): 500 réis a Nossa Senhora dos Remédios «da Quintã que esta na fazenda dos Padres» (Quinta Grande). As quitações de satisfação deste encargo são passadas pelos mordomos da Confraria de Nossa Senhora dos Remédios.BENS DO VÍNCULO: terras na «Quintã» (Quinta Grande) avaliadas em cerca de dois mil cruzados (f. 11). Para além do encargo perpétuo, o herdeiro desta fazenda seria obrigado a: i) repartir por órfãos e pobres a primeira novidade daquele ano; ii) dar 1000 cruzados a D. Isabel, sua cunhada e prima do testador, por ser pobre e para a meter num mosteiro; não querendo ser freira, manda que se aparte o mesmo valor na fazenda, sendo que essa parcela tornaria ao herdeiro após a sua morte; esclarece, ainda, que este legado fá-lo por ela ser pobre, pois não tinha nenhuma obrigação, não obstante «diz[er]se pela terra que eramos cazados».SUCESSÃO: nomeia o irmão Francisco de Bettencourt Henriques. O testamento não determina a sucessão, mas na folha de rosto do processo consta seguir-se na administração do vínculo o sobrinho do instituidor, Francisco de Noronha Henriques.OUTROS VÍNCULOS: instituiu outro vínculo de morgado sujeito ao encargo anual de um ofício de três lições ofertado com um saco de trigo, um barril de vinho e um carneiro, que nomeou no irmão António Correia Henriques e descendentes, não os havendo ficaria ao herdeiro mais chegado de seus pais («faso morguado com ho leguado asima» - f. 9). Propriedades vinculadas: serrado da Adega, tirando a Ladeira; serradinho defronte de São Sebastião, com o encargo que tem; serrado do Espírito Santo; e os poios defronte das casas que herdou e comprou. A este morgadio junta o morgado de D. Filipa de Bettencourt, a terça de D. Guiomar Correia e, ainda, a terça das casas que deixou D. Guiomar Correia ao irmão António Correia. Deste vínculo não se prestam contas nestes autos. O nomeado António Correia Henriques toma posse destes bens em 1613-04-19 (f. 13-15).ADMINISTRADOR EM 1612-12-27, DATA DA PRIMEIRA QUITAÇÃO: seu irmão Francisco de Bettencourt Henriques, morador no lugar de Câmara de Lobos.ÚLTIMO ADMINISTRADOR: morgado Sebastião Francisco Falcão Lima e Melo Trigoso, pelo seu procurador.Outras informações do testamento (f. 8-12; 2.º traslado de 1622, f. 65-70):ENTERRAMENTO: convento de São Francisco do Funchal, em sepultura da tia D. Maria Henriques, onde se encontrava enterrada a mãe D. Francisca Henriques.OUTRAS PROPRIEDADES DEIXADAS AO IRMÃO FRANCISCO DE BETTENCOURT HENRIQUES:i) fazenda na Ladeira sobre Câmara de Lobos; ii) serrado do Pastel; iii) metade da água da Levada Nova, assim como lhe coube na partilha; iv) o que herdou do engenho e o que comprou com benfeitorias – com a obrigação de pagar o que deve a Jacques Guilherme Domes(?), mercador flamengo, bem como todas as outras dívidas respeitantes à lavoura do açúcar, lenha e outras coisas do engenho; não aceitando este encargo, deixa ao irmão António Correia, não querendo ficaria a Manuel Lopes de Abreu; v) serrado da Torre com sua água e a junceira abaixo do mesmo, com a obrigação inerente por alma do pai e a condição de aí deixar morar Domingos Lopes e mulher, bem como de concluir o lagar que tinha começado; vi) Ladeira do Caramanchão onde vivia o Serrão – com a condição da novidade do ano fosse para pagar as suas dívidas, principalmente a Fernão Rodrigues Pinto;LEGADOS (a que estava obrigado o irmão António Correia): deixa 30.000 réis a D. Joana, filha do primo D. Afonso Henriques, para um colar; deixa 10.000 réis que deve a Luzia de Sá, que está em casa de seu irmão.LEGADOS (a que estava obrigado o testamenteiro Francisco de Bettencourt Henriques): deixa ao irmão António Correia o guarda-roupa, a caixa grande e a mesa grande, e os móveis «de pano de linho e de cor»; deixa à sua ama Catarina de Chaves um colchão, um travesseiro, dois lençóis e um cobertor; deixa a Domingos Lopes, filho de Catarina Lopes, as melhores duas peças dos seus vestidos com uma espada; os demais móveis (entenda-se, a roupa como todo o serviço de casa), deixa à dita Catarina Lopes, sendo metade para a filha e a outra metade para a neta; a Domingos Lopes deixa os demais vestidos; ao moço António por alcunha “o Serrão” lega 30.000 réis quando se souber governar; ao moço “o Campanário” lega um vestido e 10.000 réis, também quando se souber governar; deixa à filha de Catarina Lopes 25.000 réis procedentes da venda da Lourencinha.LITERACIA: não redige, mas assina o testamento.TESTEMUNHAS: irmão e testamenteiro Francisco de Bettencourt Henriques; António Gonçalves Florença; Gaspar Gonçalves, criado de António Correia Henriques; Manuel de Aguiar, morador em Câmara de Lobos; Gaspar de França de Andrade, fidalgo de geração; Sebastião Fernandes e António Lopes Serrão, criados do dito Gaspar de França, todos moradores na cidade do Funchal.Outros documentos:F. 13-15 – Traslado do auto de posse, dada em 1613-04-19, a António Correia Henriques, de várias propriedades em Câmara de Lobos.F. 16 – Petição de Francisco Bettencourt Henriques a requerer certidão nas notas de Pêro Nogueira, de como corre demanda com D. Isabel de Vasconcelos sobre os mil cruzados deixados pelo seu irmão e que ela não quis aceitar. Segue-se certidão de 1614-11-28.F. 19 e 38 – Quitações de Jacques Guilherme Dome(?).F. 22 – Quitação de Francisco Gonçalves, casado com Isabel Lopes, filha de Catarina Lopes, de como recebera 5000 réis de contado. 1614-02-14.F. 23 – Quitação de Isabel Martins, moça órfã e filha de Madalena Gonçalves, de como recebeu 10.000 réis. 1614-04-28.F. 24 – Quitação de como António Fernandes, moço que serviu o testador, recebeu um vestido. 1614-09-11.F. 25 – Quitação de Domingos Lopes de um ferragoulo de baeta e uma roupeta de baeta nova uma espada; diz, ainda, ter recebido todos os móveis que o testador deixara a sua mulher Catarina Lopes e filha. 1614-10-27.F. 47 – Quitação de Catarina de Chaves. 1614-08-07.F. 53 – Carta do testamenteiro Francisco de Bettencourt Henriques a dar conta do cumprimento dos legados.F. 62 – Auto que mandou fazer o juiz dos Resíduos sobre a conta que devia Francisco de Bettencourt Henriques do testamento de seu irmão. Inclui declaração do testamenteiro com lista das obrigações cumpridas e em falta; lista também as obrigações do irmão António Correia Henriques.

Condições de acesso

Fora de consulta devido ao mau estado de conservação.

Cota atual

158-2

Cota original

Mç. 38, n.º 399

Cota antiga

Cx. 53, n.º 2

Idioma e escrita

Português

Publicador

josevieiragomes

Data de publicação

15/01/2024 15:22:31