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Capela de Gonçalo Álvares “o Velho”, viúvo de Maria Anes

Detalhes do registo

Identificador

2457722

Nível de descrição

Documento composto   Documento composto

Código de referência

PT/ABM/JRC/001/0035/00002

Tipo de título

Atribuído

Título

Capela de Gonçalo Álvares “o Velho”, viúvo de Maria Anes

Datas

1616  a  1889 

Datas descritivas

1546 (data de instituição do vínculo)

Dimensão

1 cap.: 243 f. ms. (185 num.)

Suporte

Extensões

1 Capilha

Âmbito e conteúdo

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1546-05-24, na ribeira de São Francisco, no lugar que foi de Vasco Lourenço, onde vive o testador; codicilo aprovado em 1548-10-31, pelo notário Afonso Anes de Fraguedo; ambos abertos em 1549-04-01, na presença do juiz João Simão de Couto.ENCARGOS (ANUAIS): cinco missas, sendo quatro rezadas e uma cantada em dia de Santa Catarina, ofertada com pão, vinho, peixe e uma candeia “que valha” 50 réis.BENS DO VÍNCULO: casa com corredor diante da porta e um pedaço de vinha atrás, na [Ribeira Grande, freguesia de Santo António], que parte com o caminho real, com uma nogueira e com a quebrada que fez a ribeira pelo baluarte que vai ter ao pé da Moreira (f. 179). SUCESSÃO: nomeia o sobrinho Gonçalo Álvares Ferreira “o Novo”, a quem deixa por herdeiro da terça dos seus bens móveis e de raiz nesta Ilha; depois seus filhos e herdeiros.ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS em 1616: Francisco Gonçalves Ferreira, morador na freguesia de Santo António. Em 1756-04-29 (f. 82), esta capela já é administrada pelo mosteiro de Santa Clara, conforme se constata de auto de sequestro nas novidades de uma fazenda em Santo António, que fora de José Ferreira da Silva. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Mosteiro de Santa Clara.Outras informações do testamento e codicilo (1.º traslado f. 14 a 17 v.º e 17 v.º a 18 v.º, respetivamente; 2.º traslado f. 171 a 181 v.º e 181 v.º a 184 v.º, respetivamente):FILHOS: dois filhos e três filhas, existem quatro vivos e casados: Francisco Gonçalves, Catarina Gonçalves, Leonor Gonçalves e Cecília Gonçalves.DOTES: a cada uma das filhas dotou 30.000 réis, «quitando» os vestidos e alfaias de casa; ao filho Francisco Gonçalves, para igualar estes dotes, deu 8.000 réis e os seguintes bens: oito taças de prata, muitos bacios de estanho, quatro picheiros e saleiros (num total de uma arroba de estanho), quatro cubas grandes de pão e três de vinho, duas arcas de pães e cinco caixas, dois bois e duas vacas.PROPRIEDADES: i) a mulher tinha um lugar chamado Reguengo, casal do duque de Bragança, termo de Guimarães;ii) casas no Funchal que pertenceram a Diogo Pires, albardeiro; iii) pedaço de vinha e lagar que fora de Afonso Vaz, que arrematara em praça na sequência de um empréstimo que lhe fizera de 9.200 réis; iv) vinha na Ribeira Grande, freguesia de Santo António, com lagar e casa, que parte com o sobrinho Gonçalo Álvares, da outra parte com D. Isabel de Azevedo, da outra com Afonso Vaz Pereira e da outra com o caminho real que vai para casa de André de Aguiar e Domingos de Braga e pela parte de cima com Isabel Ribeiro, defunta. Pede aos seus herdeiros, depois de feitos seus vinhos, que «deixem a dita caza e lagar despejado e livre» ao sobrinho, para sua morada e para fazer o seu vinho que tem na herdade junto a esta, isto pelos muitos serviços e boas obras prestadas.ENTERRAMENTO: igreja de Santo António, em sepultura assinada e com campa de pedra.LEGADOS: a Isabel Afonso, viúva de Diogo Pires, albardeiro, doa 1000 réis; ao cunhado João do Rego doa 1000 réis para casar uma filha; 500 réis para obra da igreja da Madre de Deus; 800 réis para obras da igreja de Santo António. Parte destes legados já estavam pagos aquando da redação do codicilo do testador.CRÉDITOS: emprestou ao Dr. Lourenço Vaz 9000 réis em dinheiro de contado.LITERACIA: não sabe escrever, assinou o testamento com «marca».TESTEMUNHAS DO TESTAMENTO: sobrinho Gonçalo Álvares “o Moço”; Francisco Anes da Achada; Geraldo Pires, trabalhador, natural da Ponte de São Tomé, termo do Porto, “que ora esta com a viúva do Caldeira”; Gonçalo Álvares, trabalhador que está com Henrique Aragão; Salvador Gonçalves, natural de Brito, que está com o testador; Afonso Vaz Pereira, cavaleiro, morador na cidade. TESTEMUNHAS DO CODICILO: sobrinho Gonçalo Álvares “o Moço”; Nicolau Coelho, filho de Gonçalo Coelho; João Anes e Álvaro Anes, caseiros de Manuel Fernandes Tavares; João Afonso, trabalhador; Álvaro Gomes, caseiro de Henrique Aragão.

Condições de acesso

Fora de consulta devido ao mau estado de conservação.

Cota atual

154-1

Cota original

Mç. 35, n.º 377

Cota antiga

Cx. 49-1

Idioma e escrita

Português

Notas

A mais a f. 154A.

Publicador

josevieiragomes

Data de publicação

15/01/2024 15:22:31