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Capela de Águeda de Jesus, beata

Detalhes do registo

Identificador

2457447

Nível de descrição

Documento composto   Documento composto

Código de referência

PT/ABM/JRC/001/0034/00003

Tipo de título

Atribuído

Título

Capela de Águeda de Jesus, beata

Datas

1733  a  1832 

Datas de acumulação

1737 (data de abertura dos autos)

Datas descritivas

1669-12-29 (data de instituição do vínculo)

Dimensão

1 cap.: 130 f. ms. num. (106 + 24)

Suporte

Extensões

1 Capilha

Âmbito e conteúdo

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: escritura de doação, datada de 1669-12-29, no Estreito da Calheta, feita aos quatro sobrinhos: primogénito Bartolomeu de França, D. Maria, Manuel (Manoelinho) e Francisco (Francisquinho), filhos de sua irmã D. Beatriz e de André de França de Andrade. São instituídos dois vínculos de capela:ENCARGOS PERPÉTUOS, BENS E SUCESSÃO DO 1.º VÍNCULO: missa de dois em dois anos, impostos nos seguintes bens doados ao sobrinho Bartolomeu de França e descendentes: ermida de Nossa Senhora da Conceição sita na Quinta do Salão, Estreito da Calheta, com todos os seus ornamentos e prata; fazenda do Salão; pedaço de terra comprado a Matias de Meneses, da Aberta (?) até ao caminho do Salão, e as benfeitorias pagas a Pedro Alves; outras fazendas junto à Quinta do Salão, compradas a Diogo de França e a D. Helena da cidade; benfeitorias compradas a Inácio Fernandes; benfeitorias pagas a Pedro Marques e um casa nova feita no dito morgado com caixa de fazer vinho; outra casa nova com sua caixa de fazer vinho em fazenda que faz o moleiro António Gonçalves; mais umas benfeitorias pagas a Sebastião Serrão de uma fazenda onde vive Manuel Gonçalves “Melhor”, casado com Isabel Francisca, moça de casa; outras benfeitorias e duas casas novas na mesma fazenda, compradas a André Gonçalves; um foro de uma pipa de vinho pago por Maria Loreto imposto nas benfeitorias em fazenda do mesmo morgado. Refere expressamente a condição «não vendera as sobreditas couzas dotadas e andara tudo aneicho ao dito morgadio».ENCARGOS PERPÉTUOS, BENS E SUCESSÃO DO 2.º VÍNCULO: duas missas anuais impostas nos seguintes bens doados ao sobrinho Manuel e descendentes: as duas partes do moinho alvo e 7 alqueires de centeio comprados a D. Isabel de Moura; as terras de vinha no Pico cultivadas pelo Garrido; as terras que houve de arrematação de André Fernandes Preto; as terras compradas a António de França, filho de Brás da Câmara; terras de pão na Fonte Clara compradas a Diogo de França; outras no mesmo local compradas a Matias de Andrade; lugar no Carnide (?) comprado a Maria Cardoso; lugar no Pico comprado a Antónia Vieira Tavares; a terça que o pai da instituidora lhe doara, sita no lugar do Zimbreiro da Tabua; a legítima que herdara do pai no Seixal e nas Longueiras; a legítima de sua mãe que ainda não fora dividida; a fazenda do Zimbreiro comprada a Gaspar Berenguer de Andrade; foro fechado de 12 alqueires de trigo do alferes António Sardinha; mais benfeitorias.SUCESSÃO: sendo caso que morra «hum o outro irmam hira herdando ao outro e sempre andara na linha da dita sua irmam Dona Bretis».BENS DOADOS AO SOBRINHO FRANCISCO: fazenda do caseiro que foi de Diogo Gavião; foro de 5.500 réis comprado a Sebastião de França de Andrade da Madalena; terras compradas a Matias de Andrade.BENS DOADOS À SOBRINHA D. MARIA: vários foros de trigo. Joias: brincos de orelhas no valor de 30.000 réis; uma ospia(?) de judia no valor de 20.000 réis; um apertador de 20.000 réis de peso de ouro; uma gargantilha de pedraria e aljôfar no valor de 20.000 réis; duas joias com peso de 15.000 réis; duas cadeias e uns brincos; umas contas de rezar de filigrana a buril; uma cruz de ouro; seis anéis de ouro; 80 botões de ouro; várias peças de prata: bandeja; colheres; salva de prata com as armas do pai no meio; gomil; garrafa, etc.; duas gargantilhas verdes no valor de 80.000 réis; uns corais de rezar com extremos de ouro engranzados com uma cruz de ouro; um rosário de cristais finos com dezasseis contas de filigrana com peso de 16.000 réis; outra cruz de ouro e um rosário com aljôfares; um colarete de braços, um anel e uma lembrança. Condição subjacente a esta doação: que a sobrinha casasse, no caso de ir para um mosteiro a doação seria somente de meio moio de foro em sua vida, sendo as joias logo repartidas entre os três irmãos. ADMINISTRADOR EM 1737: Bartolomeu de França, filho do dotado Manuel Freire de Andrade. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Diogo de Ornelas de Carvalhal Esmeraldo.Outros documentos do 1.º vol.:F. 3 a 7 – Escritura de doação acima mencionada.F. 14 – Embargos interpostos por D. Maria Madalena, por seu filho Bartolomeu de França.F. 18 – Informação do Dr. Martinho Borges, datada de 1768, com esclarecimento sobre os encargos da capela de Águeda de Jesus.F. 22 – Sentença do Juiz do Resíduo, emitida em 1768-10-27, a determinar a separação das capelas e consequente distinção da respetiva atuação.F. 28 a 38 – Indulto de componenda de missas obtido em 1816 pelo administrador Diogo de Ornelas de Carvalhal Frazão Júnior por cabeça de sua consorte D. Ana Emília de França Dória.F. 47 a 101 – Sentença do bispo D. Frei Joaquim Ataíde de redução das capelas administradas por Diogo de Ornelas Carvalhal Frazão Figueiroa, por cabeça de seu filho primogénito Diogo de Ornelas Carvalhal de França Dória, à pensão anual de 25.000 réis ao Hospital da Misericórdia.Outros documentos do 2.º vol. (o qual respeita ao segundo vínculo com encargo das missas de dois em dois anos):F. 3 a 10 – Outro traslado da escritura de doação, feito em 1795.F. 20 – Embargos interpostos por Bartolomeu de França e Andrade às contas tomadas neste processo.

Cota atual

153-1

Cota original

Mç. 34, n.º 370

Cota antiga

Cx. 48, n.º 1

Idioma e escrita

Português

Notas

Engano na numeração original do 1.º vol. a partir da f. 56, pelo que atribuímos nova numeração.

Publicador

josevieiragomes

Data de publicação

15/01/2024 15:22:31