Emilio Biel & Cª, de Emil Biel (1838-1915) - Porto, 1870-?
Identificador
766440
Nível de descrição
Série
Código de referência
PT/ABM/JFC/E/018
Tipo de título
Atribuído
Título
Emilio Biel & Cª, de Emil Biel (1838-1915) - Porto, 1870-?
Dimensão
5 provas fotográficas
História administrativa/biográfica/familiar
Emil Biel vai para o Porto em 1860, onde exerce várias atividades. Iniciou-se na fotografia na década de 70 do séc. XIX e, em 1874, adquiriu a casa "Fotografia Fritz", estúdio fotográfico na rua do Almada, nº 122, Porto. É considerado um dos introdutores em Portugal da fototipia, um processo de impressão foto-mecânico que permite imprimir muitas provas a partir da mesma matriz. Em 1877 integrou a comissão encarregada de preparar a participação da cidade do Porto na Exposição Universal de Paris de 1878.Em 1880 casa com Edith Katzenstein, filha do banqueiro e cônsul do Império Alemão no Porto, tornando-se, por influência das relações deste, o “Photographo da Casa Real". Em 1883, por ocasião da Exposição Distrital de Aveiro, ocorrida em 1882, edita o "Álbum da Exposição Distrital de Aveiro - 1882", da autoria do historiador Joaquim de Vasoncelos. Em 1890 abre o seu segundo estabelecimento, sob a firma “Emilio Biel & C.ª", no Palácio do Bolhão, na rua Formosa. Em resultado da sua colaboração, desde 1900, com o historiador e crítico de arte Joaquim de Vasconcelos, Emílio Biel editou, no Porto, em sociedade com o fotógrafo José Augusto da Cunha Moraes e o fotógrafo Fernando Brütt, uma obra de oito volumes, publicada em fascículos, intitulada A Arte e a Natureza em Portugal (Porto, Emílio Biel & Cª Editores, 1902-1908), que contou com a colaboração de numeroso grupo de escritores e eruditos.Dedicou-se também à fotografia paisagística e de grandes obras de engenharia. Obras como "Album Phototypico de Vistas e Costumes do Norte de Portugal", e os álbuns que documentam a construção do caminho de ferro em Portugal (Linha do Douro, Minho e Beiras), ou ainda os álbuns de temática religiosa, além de postais ilustrados, são também da edição da Emílio Biel & Cª.Com a entrada de Portugal na Primeira Grande Guerra, em 1916, Emil Biel, tal como toda a colónia alemã, é obrigado a abandonar o país e os bens do fotógrafo alemão, que entretanto falece em 1915, são confiscados pelo estado. Foi-lhe atribuída uma medalha de ouro na Exposição Universal do Rio de Janeiro e de prata na Exposição Universal de Viena.
Idioma e escrita
Português