Escolinha Alemã
Identificador
93460
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/ABM/EALFUN
Código da entidade detentora
ABM
Código do país
PT
Tipo de título
Atribuído
Título
Escolinha Alemã
Datas descritivas
Escolinha Alemã: 1931/1978; Documentos avulsos: 1894/1940
Dimensão
6 cx.: 67 cap., 14 cad., 10 env., 9 liv., 11 mç.
Entidade detentora
Arquivo e Biblioteca da Madeira
Produtor
Escolinha Alemã do Funchal
História administrativa/biográfica/familiar
O Colégio Alemão foi fundado, na ilha da Madeira, no ano de 1928, na Rua do Carmo n.º 27 e 29, Funchal. Esta instituição oferecia como instrução ensinamento geral e estudos para os exames, ensino especial e perfeito do idioma alemão. Além do ensino de religião e moral, os alunos aprendiam inglês e francês, lavores e canto, desenho e pinturas e ginásticas sueca e alemã: um ensino diferenciado com uma pedagogia inovadora e diversificada. A Escola funcionou em várias moradas. Primeiro, como referido à sua fundação, na Rua do Carmo n.º 27 e 29. Depois passou pela Rua do Bispo, Rua do Jasmineiro n.º 7, Quinta das Cruzes, Rua da Sé n.º 51-52, Rua das Maravilhas n.º 13-A, Rua das Mercês n.º 26 e Rua da Penha de França. Há ainda uma referência à Rua dos Ferreiros n.º 140 para o ano de 1945. Como diretoras, a escola teve três: Elisabeth Bahr, Marlen Lange e Sara Portugal. Quando funcionou na Quinta das Cruzes, eram só utilizadas 3 salas, podendo comportar até 100 crianças. Para as crianças alemãs o programa era o mesmo que se usava na Alemanha nas escolas: alemão, gramática, aritmética, geografia, história, ciências, inglês francês, desenho, canto, trabalhos manuais e ginástica Para as crianças portuguesas, o programa era o adotado nas escolas primárias do país sendo ensinadas por uma professora portuguesa diplomada, tendo conjuntamente com as crianças alemãs: alemão, inglês francês, trabalhos manuais e ginástica. Havia material de aprendizagem diversificado tal como mapas mundiais, globos para geografia e história, biblioteca com livros alemães, ingleses e franceses e material de ginástica quase completo. O horário escolar era das 9h-13h para as crianças estrangeiras e das 9h-15h para as crianças portuguesas, com recreio às 10h30-11h e hora do lanche às 12h30-13 para as crianças portuguesas. No ano de 1956, a Escolinha Alemã obteve alvará com o n.º 1472. Note-se um hiato informacional sobre a escola, a sua designação e história, que a pouca documentação encontrada neste fundo e a parca produção documental nos anos 30 e 40 não esclarecem. No ano letivo em que abriu era designada Colégio Alemão. Mais tarde, encontra-se na documentação a designação de Escolinha Alemã. Funcionou até à sua extinção, ocorrida no final do ano letivo 1976/1977.
História custodial e arquivística
A doação deste fundo foi efetuada ao ARM em 13 de Novembro de 1996, por gentileza da família da Dra Sara de Portugal. Ao longo da sua existência, por ter funcionado em várias moradas, o estado da documentação refletiu-se numa certa dispersão, mistura e acumulação de outros documentos, não pertencentes ao fundo, no decorrer dos anos e das várias transferências. Existem registos de material bibliográfico pertencente à Escolinha Alemã, acessível via catálogo bibliográfico do ABM (fundo ARM).
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Doação em 13 de Novembro de 1996.
Âmbito e conteúdo
Inclui documentação referente às funções de suporte e gestão da instituição, nomeadamente, nas secções de Expediente e Recursos humanos, financeiros e patrimoniais. Esta última secção agregou toda a documentação referente a todas aquelas áreas por ser tão residual. Relativamente às competências específicas da instituição, a secção mais rica em todo o fundo é a de Alunos. Contém documentos que espelham as diversas atividades escolares desenvolvidas e a participação dos alunos, o material pedagógico utilizado, entre outros. De referir ainda documentos avulsos pertencentes ao fundo por acumulação. A título de exemplo (ver quadro de classificação): - Copiador de correspondência expedida por Abel Capitolino Batista (1894-12-09/1908-03-20); - Registo da receita e despesa das casas da Madeira (fragmento) (1912/1923).
Sistema de organização
O fundo foi organizado segundo critérios funcionais que se refletem no quadro de classificação adotado e ordenadas cronologicamente as unidades, tanto quanto possível. As funções-meio da instituição estão representadas nas primeiras 2 secções: PT-ABM-EALFUN/A Expediente e PT-ABM-EALFUN/ B Recursos humanos, financeiros e patrimoniais) e as funções-fim na secção: PT-ABM-EALFUN/ C Alunos. Por fim a secção de Documentos avulsos PT-ABM-EALFUN/E. De referir que a documentação da secção B é tão escassa que optámos por reuni-la numa só secção, pois não fazia sentido classificar tão pouca documentação de forma separada.
Condições de acesso
Comunicável, com exceção da documentação referente a dados pessoais em que se aplica o estipulado no n.º2 do art.º17º da Lei Geral de Arquivos Decreto-Lei n.º16/93, de 23 de Janeiro de 1993, salvo se houver autorização do próprio titular do processo. Este fundo contém as seguintes séries de acesso condicionado: PT-ABM-EALFUN/B/1 - Ficheiro de professoras; PT-ABM-EALFUN/ B/2 - Relação dos professores em serviço na Escolinha Alemã e descontos efetuados ao Sindicato Nacional de Professores; PT-ABM-EALFUN/B/5 - Recibos de ordenado; PT-ABMEALFUN/ C/2 - Ficheiro dos alunos; PT-ABM-EALFUN/C/7 - Relatórios de avaliação pedagógica dos alunos das classes infantil e preparatória; PT-ABM-EALFUN/C/9 - Fichas de filiadas na Mocidade Portuguesa Feminina do centro n.º 27; PT/ABM/EALFUN/C/019 - Fotografias.
Idioma e escrita
português; alemão
Instrumentos de descrição
Arquivo Regional e Biblioteca Pública da Madeira, Escolinha Alemã do Funchal: inventário, 2015 (idd n.º 126). Disponível na sala de leitura do Arquivo Regional da Madeira e online em http://abm.madeira.gov.pt
Notas
EMMONTS, Anne Martina. “Arianização na Madeira. As consequências da ‘Lei da protecção do sangue alemão e da honra alemã’, de 15 de Setembro de 1935, nos seus reflexos em conflitos inter-culturais na Madeira na Véspera da Iª Guerra Mundial - análise comentada de dois documentos” in ISLENHA, n° 26, Funchal, 2000, 55-67.MARQUES, Helena - O bazar Alemão. Dom Quixote: Lisboa. 2010.PERNETA, Helena Paula Freitas - A Madeira e os alemães, 1917-1939: o discurso na imprensa madeirense. UMA: Funchal, 2011.
Notas do arquivista
Data2017-01-30
ArquivistaAna Men
Nota do arquivistaDescrição elaborada por Ana Men com base nas séries de correspondência recebida e expedida, deste fundo e nas seguintes fontes bibliográficas: EMMONTS, Anne Martina. “Arianização na Madeira. As consequências da ‘Lei da protecção do sangue alemão e da honra alemã’, de 15 de Setembro de 1935, nos seus reflexos em conflitos inter-culturais na Madeira na Véspera da Iª Guerra Mundial - análise comentada de dois documentos” in ISLENHA, n° 26, Funchal, 2000, 55-67. MARQUES, Helena - O bazar Alemão. Dom Quixote: Lisboa. 2010. PERNETA, Helena Paula Freitas - A Madeira e os alemães, 1917-1939: o discurso na imprensa madeirense. UMA: Funchal, 2011.