Salvaguardamos e valorizamos o património documental da Região.
 

Capela de António Spranger da Câmara, capitão, viúvo de D. Maria de Melo e Câmara

Detalhes do registo

Identificador

2455490

Nível de descrição

Documento composto   Documento composto

Código de referência

PT/ABM/JRC/001/0029/00010

Tipo de título

Atribuído

Título

Capela de António Spranger da Câmara, capitão, viúvo de D. Maria de Melo e Câmara

Datas

1753  a  1824 

Datas descritivas

1751-10-07 (data de instituição do vínculo)

Dimensão

1 cap.: 114 f. ms. (32 + 82)

Suporte

Extensões

1 Capilha

Âmbito e conteúdo

O primeiro volume (1782-1824) diz respeito à capela do instituidor e o segundo volume (1753-1785) respeita aos autos de contas do testamento da mulher.DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento de mão comum feito com a mulher, aprovado em 1751-10-07 pelo tabelião Pedro João Moniz da Cunha, aberto em 1752-06-17, por falecimento da mulher. Codicilo do marido aprovado em 1755-04-03, de acordo com a verba. As verbas do testamento e do codicilo encontram-se no 1.º vol., f. 4 a 6; o testamento no 2.º vol, f. 2 a 15, trasladado em 1753-10-06.VÍNCULO INSTITUÍDO PELO MARIDO:ENCARGOS (ANUAIS): três missas celebradas em 15 de fevereiro na capela de Santo António das Amoreiras, no Arco da Calheta, por eles edificada «declaro que criej edifiquei co[m o di]to meu marido neste apozento das Amoreiras asim chamado a nossa capela do gloriozo Santo Antonio de Lisboa» (2.º vol., f. 8 v.º).BENS VINCULADOS/SUCESSÃO: fazenda da Boavista, a qual parte pelo sul com a fajã do mar e calhau; fazenda da Courela na freguesia de Santo António, Funchal, a qual confronta a norte com o Pico. Estes bens, que «institui em vinculo na forma da ley do Reino de perpetua sucessão por linha direita», juntar-se-iam ao vínculo instituído pelo tio cónego Inácio Spranger da Câmara. Herdeiro: o irmão Inácio Spranger da Câmara e mulher D. Antónia Rosa Maria Quitéria, cumprindo assim o estipulado na escritura de dote, que “assistiu”. Caso não tivessem descendência ficaria à administração da capela de Santo António das Amoreiras.VÍNCULOS INSTITUÍDO PELA MULHER:1.º VÍNCULO - Encargos e respetivos bens: missa com pregação na capela de Santo António das Amoreiras, Arco da Calheta, em dia do seu orago, reparar e ornamentar a dita ermida, treze missas rezadas e as missas da novena de Santa Quitéria; três missas semanais, incluindo domingos e dias santos. Imposto em: aposentos e casas que levam 14 alqueires e uma cana vieira e meio dia de água da levada do Paul e um dia e uma noite da Levada da Madalena; fazenda da Pedreira com o pomar de cima denominado “o Serrado”, junto às Mercês; terras e aposentos do Pico. Herdeiro: o marido, depois os vigários que servirem na freguesia de São Brás (Vd. JRC, cx. 364, n.º 10). 2.º VÍNCULO – Encargos e respetivos bens: duas missas anuais imposto numa fazenda abaixo da Levada da Freguesia de São Brás, que deixa aos mulatos António e Bartolomeu.A sentença do juiz do Resíduo, emitida em 1783-10-27 (2. vol, f. 76-77), determina que se cumpra e demarque e tombe os bens desta capela, respeitante à administração dos vigários, mandando ainda que se separe e tombe os bens da capela deixada aos mulatinhos.A primeira quitação data de 1753-10-12 e respeita ao enterramento de D. Maria na capela das Amoreiras (2. volume, f. 17-17 v.º). Administrador em 1782-08-08: Adrião da Silva Aguiar Spranger da Câmara. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: António Joaquim da Câmara Mesquita.Outras informações do testamento (2.º vol., f. 2-15):Casados “a quarenta e tantos anos”. Sem filhos.A mulher D. Maria de Melo e Câmara é filha de Lucas de Freitas da Câmara e neta de António de Florença e de Beatriz do Loreto.TIOS DO MARIDO: padre Pedro Gomes Maciel; padre Manuel Luís Maciel; Lucas de Freitas da Câmara Spínola.IRMÃS DO MARIDO: padre Adrião Spranger da Câmara; D. Francisca de Santa Clara.ESCRAVOS: Criaram os mulatinhos António dos Santos e Bartolomeu João, os quais libertaram por carta de alforria tombada nas notas do tabelião Manuel de Sousa Aragão. Deixam-lhes: treze alqueires e meio de trigo de foro nos Prazeres, Maloeira e Fajã da Ovelha; fazenda do Vinhático; deixa ainda a cada um dois garfos e duas colheres de prata, uma caixa grande, duas cadeiras, dois tamboretes, colchão com preparos de lençóis e cobertor; lega também o seu tonel e espingarda.OUTROS LEGADOS: a Maria Spranger e Francisca das Chagas deixa a fazenda dos Lamaceiros e as terras onde chamam “os Verdes”.Outros documentos do 2.º vol. (autos de contas do testamento de D. Maria de Melo e Câmara):F. 23-25 – Resumo das disposições testamentárias de D. Maria de Melo e Câmara.F. 44-49 - Em 1775-01-10 e 11, procede-se ao sequestro das novidades de várias propriedades no Arco da Calheta, a saber: fazenda da Ribeira Grande junto ao Pombal; fazenda das Amoreiras; fazenda na Corujeira; fazenda na Achada de Cima da Lombada de Nossa Senhora do Loreto; fazenda da Pedreira; fazenda acima da Pedreira para a parte das Florenças; fazenda nas Florenças.F. 56 – Despacho do juiz do Resíduo, datado de 1782-06-08, a nomear como testamenteiro dativo a Francisco José Coelho Machado.F. 74-75 – Relação do que foi deixado à capela de Santo António «filial» da igreja do Arco da Calheta. Relação dada pelo padre testamenteiro Manuel do Nascimento em 1783-07-29.

Condições de acesso

2.º vol. fora de consulta devido ao mau estado de conservação.

Cota atual

149-10

Cota original

Mç. 29, n.º 323

Cota antiga

Cx. 44, n.º 10

Idioma e escrita

Português

Publicador

josevieiragomes

Data de publicação

15/01/2024 15:22:31