Capela de Diogo Luís, bacharel e cidadão da cidade do Funchal, viúvo de Margarida Afonso
Identificador
2452498
Nível de descrição
Documento composto
Código de referência
PT/ABM/JRC/001/0027/00006
Tipo de título
Atribuído
Título
Capela de Diogo Luís, bacharel e cidadão da cidade do Funchal, viúvo de Margarida Afonso
Datas de acumulação
1594 (data de abertura dos autos)
Datas descritivas
1557-05-21 (data de instituição do vínculo)
Dimensão
1 cap.: 253 f. ms. (83 + 170)
Âmbito e conteúdo
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento feito em 1556-11-04, aprovado em 1557-05-21 pelo tabelião Luís Lopes.ENCARGOS (ANUAIS): duas missas rezadas semanais na Sé do Funchal por sua alma, de sua mulher e filhos e de seus pais; mais uma missa cada ano em dia de Nossa Senhora da Conceição na Sé do Funchal enquanto alimentar e dotar como merecem os filhos bastardos, e sendo caso que em vida do testador ele case as filhas ou meta num convento, dar-se-ia 100 mi réis anuais para alimentos. As missas seriam ditas por um sacerdote de de boa vida e pobre, escolhido pelo administrador.REDUÇÃO DE ENCARGOS: um despacho do juiz do Resíduo, datado de 1726-03-28 (2.º vol., f. 91 v.º-92), refere que, por sentença da Relação, o encargo fora reduzido a uma missa semanal na Sé do Funchal. Em 1755, componenda de encargos pios (2.º vol., f. 111-116). No século XIX, esta capela e as demais administradas por Rodrigo Barba Correia Alardo Pina têm de pensão 42$250 réis por ano, conforme se mostra nos autos de capela de Manuel da Grã (cota atual JRC, 146-1). BENS VINCULADOS: serrado de vinha na Ribeira de João Gomes; a vinha que está junto do provedor que houve de João Rodrigues da Madalena; 3.500 réis de foro pago por Marçal Gonçalves; o remanescente da terça, tirando os legados de alimentos e dotes aos filhos. À conta da terça toma ainda umas casas defronte de onde mora, para os filhos naturais aí viverem com sua mãe e os escravos que lhes deixa.SUCESSÃO: nomeia o filho Manuel Afonso de Lemos e por seu falecimento o filho mais velho ou filha, não tendo filho; o morgado andaria sempre nos seus parentes mais chegados do testador, nos machos mais velhos.CONDIÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO: pede às justiças que provejam o seu testamento e saibam se cantam as missas como manda.ADMINISTRADOR EM 1591-05-15 (1.º vol., f. 10-11): Francisco Gonçalves Ribeiro, como procurador do licenciado Manuel de Lemos, viúvo de D. Ana Travassos. Em 1612 é administradora a segunda mulher, Maria Ferreira, moradora em Lisboa (1.º vol., f. 34).ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS em janeiro de 1653, data das quitações mais antigas (2.º vol., f. 7 e 18): capitão António Maciel da Fonseca, casado com D. Maria de Menezes. Uma informação assinada por “Tavares” em 1674-03-08 (2.º vol., f. 31), declara que o referido capitão tomou de arrendamento as propriedades dos Pinas [morgado Máximo de Pina Marreco], cuja posse tomou em 1652-02-08 até o ano de 1671; em 1672 «lhe arrematarão a fazenda pelos Auzentes ele a rematou por via de Felipe Gentil».ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS em 1706 (2.º vol., f. 44): António Vogado Souto Maior, mercador e morador na cidade do Funchal, como procurador e rendeiro dos bens de morgado de Nicolau de Pina Lemos e Marrecos.ÚLTIMO ADMINISTRADOR: António de Albuquerque de Amaral Cardoso e sua mulher D. Emília Augusta Barbosa de Alencastre e Barros.Outras informações do testamento (vol. 1, f. 2 a 7):Revoga o testamento que havia feito com a mulher Margarida Afonso.ENTERRAMENTO: Sé do Funchal, onde tem sua sepultura e jazem sua mulher, mãe e filhos.MANCEBIA: recomenda muito Francisca Dias, que há cerca de catorze anos o serve muito bem e lealmente; lega-lhe 100 mil réis pagos do montemor de seus bens pois é dívida sua «posto que se diga que ela he minha manceba e esta comiguo e que lhe não posso fazer hua doação» (segue-se fundamentação jurídica em latim). Menciona que esta tinha duas filhas: Bárbara Nunes e Leonor Fernandes.FILHOS NATURAIS do testador e de Francisca Dias: Jerónima, Branca e Jerónimo, filhos de Francisca Dias, a quem deixa dois mil cruzados de sua terça, para se alimentarem (sendo 700 mil réis às duas filhas para seus casamento e alimentos e 100 mil réis para alimentos do filho).ESCRAVOS: Maria, que deixa à filha Branca; Pedro, que deixa ao filho Jerónimo e Vitória (ou Antónia?) à filha Jerónima; após as respetivas mortes ficariam forros.LITERACIA: o testamento é redigido pelo próprio testador, que se encontrava são e de perfeito juízo.TESTEMUNHAS: Pêro Nunes, cidadão; Mestre Domingos; Francisco Álvares, mercador; Pêro Vaz; Jorge [de Paiva] filho do tabelião Luís Lopes; António Gonçalves, almocreve, todos moradores na cidade do Funchal.Outros documentos:Contém inúmeras quitações, desde 1652 a 1869, das capelas de Manuel da Grã, Guiomar Ferreira, Antónia Ferreira, Ana Travassos, Diogo Luís e Dr. Manuel de Lemos. Porém, os autos de contas pertencem a Diogo Luís.
Condições de acesso
Fora de consulta devido ao mau estado de conservação.
Cota atual
145-3
Cota original
Mç. 27, n.º 300
Cota antiga
Cx. 40, n.º 3
Idioma e escrita
Português
Unidades de descrição relacionadas
Cf. JRC, 93-26 - Autos cíveis de agravo. Agravante: Nicolau de Pina Lemos Marrecos; agravado: o JRC.
Notas
Datas extremas do 1.º vol.: 1591/1688; datas extremas do 2.º vol.: 1653/1869.A mais a f. 1A no 1.º vol.
Publicador
josevieiragomes
Data de publicação
15/01/2024 15:22:31