Capela de D. Inês Pais, filha de Diogo Pais
Identificador
2328842
Nível de descrição
Documento composto
Código de referência
PT/ABM/JRC/001/0065/00003
Tipo de título
Atribuído
Título
Capela de D. Inês Pais, filha de Diogo Pais
Datas descritivas
1599-08-14 (data de instituição do vínculo)
Dimensão
1 cap.: 95 (f. ms. e numeradas até f. 50)
Âmbito e conteúdo
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1599-08-14 pelo notário Jorge de Alvarenga. Codicilos aprovados em 1600-04-06 e 1600-06-26, respetivamente.ENCARGOS (anuais): uma missa imposta nas casas e serrados do Arcipreste, que estavam defronte dos herdeiros de Jerónimo de Ornelas, que deixa ao sobrinho Diogo Pais da Cunha; outra missa por alma da sobrinha Beatriz Chamorra, imposta num lugar na Ribeira de Gonçalo Aires, que anexou à terça da mãe, e cuja administração recairia numa filha da sobrinha Isabel Pais, não tendo filha a administração passaria ao sobrinho Diogo Pais da Cunha. Este último encargo foi estabelecido no codicilo da instituidora, o que se confirma pelo “termo de reforma da conta da capela de Inês Pais e acrescentamento de pensão”, feito em 1748-01-29 (f. 27-28 e 79-80).OUTROS VÍNCULOS: institui outro vínculo imposto serrado dos Piornais, com quatro horas de água, que deixa à sobrinha Isabel Pais, de que se prestam contas nos autos com a cota atual 126-4.ADMINISTRADOR EM 1601: o sobrinho e testamenteiro. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: morgado Luís Alexandre Souvaire.Outras informações do testamento (f. 2 v.º a 5 v.º, 60-78)MORADA: na freguesia de Nossa Senhora do Calhau.ENTERRAMENTO: igreja do Colégio da Companhia de Jesus.FAMILIARES: irmão Pêro Chamorra da Cunha; tia Antónia Chamorra, mulher de Manuel Colaço.OUTRAS PROPRIEDADES: lugar na Ribeira de João Gomes que deixa ao Colégio da Companhia de Jesus para ornato dos altares, com determinadas condições; deixa ao sobrinho Diogo Pais a parte que possui na Quinta do Pico do Cardo; deixa à prima Isabel Pais o serrado pegado com a roda do engenho de D. Maria Ferreira, com encargo de duas missas por alma de suas tias Antónia e Leonor Chamorra, o qual passaria sucessivamente à cunhada Ana Martins, à sobrinha Inês pais e filha desta Antónia Borges e, por fim, ao sobrinho Diogo Pais.ESCRAVOS: lega a escrava mulata Maria à sobrinha Isabel (mas no codicilo retifica esta doação, determinando que a referida escrava serviria a sobrinha durante 10 anos, após o que o testamenteiro a casaria e lhe daria um colchão, quatro lençóis e um cobertor; deixa-lhe, ainda, 10 mil réis, os quais se poriam nas mãos de um mercador para que se «multipliquem», o que ganhasse seria para a escrava «sendo virtuosa»; deixa o negro Francisco ao Colégio da Companhia para servir por sua alma; liberta a escrava Filipa na condição de se casar, deixando-lhe ainda 10.000 réis e o seu serviço de cozinha.TESTEMUNHAS DO TESTAMENTO: Damião Rangel, António Gonçalves e Belchior Antunes, filhos de Baltazar Antunes; João Gonçalves, porteiro da câmara; André L[uís], porteiro do co[ncelho]; Francisco Rodrigues, sapateiro; Domingos Rodrigues, mareante, todos moradores nesta cidade do Funchal.Outras informações dos codicilos (f. 29-35, 80 v.º-92):JOIAS: deixa uma cadeia de ouro à afilhada Helena Borges, filha de Roque Borges; vinte e quatro contas de ouro à sobrinha Antónia Borges, também filha de Roque Borges; ao sobrinho Diogo Pais lega umas ave-marias com uma cruz; ao sobrinho […] Pais deixa vinte e nove botões de ouro; à confraria de São José deixa uma imagem de Nossa Senhora, a qual possui o colarinho ornado com doze rosas de ouro incrustadas de pedras vermelhas e o vestido com botões de cristal incrustados de ouro.Outros documentos:F. 48 e seg. - Embargos interpostos em 1795 por Alexandre Souvaire de Vasconcelos contra José Correia Berenguer Atouguia.
Cota atual
182-6
Cota original
Mç. 65, n.º 587
Cota antiga
Cx. 76, n.º 6
Idioma e escrita
Português
Notas
O outro processo de capela administrado por Diogo Pais da Cunha e descendentes possui a cota atual 126-4 (antiga: Cx. 97, n.º 7).
Publicador
josevieiragomes
Data de publicação
15/01/2024 15:22:31