General Francisco Higino Craveiro Lopes na Madeira
Identificador
658879
Nível de descrição
Série
Código de referência
PT/ABM/VIC/A-E/001
Tipo de título
Atribuído
Título
General Francisco Higino Craveiro Lopes na Madeira
Datas
1955-05-30
a
1955-05-31
Âmbito e conteúdo
Francisco Higino Craveiro Lopes nasceu em Lisboa, a 12 abril de 1894 e faleceu a 2 setembro de 1964. Filho do general João Carlos Craveiro Lopes e de Júlia Clotilde Cristiano Craveiro Lopes, cresceu numa família de tradição militar. Após frequentar o Colégio Militar e a Escola do Exército começou por cumprir serviço no Norte de Moçambique, durante a Primeira Grande Guerra, 1917 e 1918, entrando em confronto com forças alemães, pelo que veio a ser condecorado com a Torre-e-Espada. Regressado a Portugal tirou o curso de piloto militar em França, prestando novamente serviço em Moçambique e na Índia. Como tenente-coronel, em 1938, comandou a Base Aérea de Tancos e, em 1941, dirigiu as negociações com os norte-americanos para a cedência das instalações das Lajes, nos Açores, passando a comandante daquela base aérea. Entre 1944 e 1950 foi comandante-geral da Mocidade Portuguesa, sendo indicado pela União Nacional para suceder ao marechal Carmona, falecido a 18 abril de 1951. A 21 de julho de 1951 foi eleito para a Presidência da República, tendo terminado o seu mandato em julho de 1958. Visitou a Madeira entre 30 de maio a 2 de junho de 1955, onde foi recebido com apoteose pela população e pelas entidades oficiais. De acordo com o programa oficial da visita, no dia da sua chegada, esteve na receção de cumprimentos na Câmara Municipal, depois foi à Sé, onde assistiu a um Te-Deum, e finalmente deslocou-se ao palácio de São Lourenço, tendo o governador civil oferecido um banquete. No segundo dia, a 31 de maio, visitou a zona oeste da ilha e no dia seguinte, a 1 de junho, foi conhecer a zona leste da ilha, tendo inaugurado o abastecimento de água às freguesias de Porto da Cruz, Machico e Santa Cruz e também inaugurado a luz elétrica nesses locais. No regresso ao Funchal, inaugurou o Museu de Arte Sacra e visitou o hospital e os sanatórios, seguindo-se uma "Garden Party" oferecida pelo governador civil e depois um jantar no palácio de São Lourenço. No último dia da visita, a 2 de junho, o presidente da República deslocou-se aos miradouros dos Barcelos e da Eira do Serrado, dirigindo-se depois para a Ilha do Porto Santo, tendo ao fim da tarde regressado a Lisboa.
Idioma e escrita
Português
Notas do arquivista
TítuloFonte utilizada em "Notas"
Data2019-07-24
ArquivistaAlda Pereira
Nota do arquivistaDiário de Notícias, Funchal, 1955-05-29 a 1955-06-03.