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João Brito Câmara

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João Brito Câmara

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Identificador

57548

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/ABM/JBC

Código da entidade detentora

ABM

Código do país

PT

Tipo de título

Formal

Título

João Brito Câmara

Datas

1924  a  1970 

Dimensão

6 cx.: 884 doc.

Suporte

Entidade detentora

Arquivo e Biblioteca da Madeira

Produtor

Câmara, João de Brito Figueirôa. 1909-1967.

História administrativa/biográfica/familiar

Poeta, jurista e cultor de letras, João de Brito Figueirôa Câmara nasceu em São Jorge de Arroios, Lisboa, a 13 de Maio de 1909. Na altura, os pais, João Câmara e Matilde de Brito Figueirôa Câmara encontravam-se a residir no continente. Aos quatro anos de idade, regressou ao Funchal, a terra dos seus progenitores. O seu primeiro livro de versos intitula-se Manhã (1.ª ed., Funchal, Tipografia Esperança, 1927). Concluído o curso do Liceu Nacional do Funchal, em 1927, inscreveu-se em Direito, na Universidade de Coimbra. A sua participação no movimento literário da Presença e a sua eleição como Presidente da Associação Académica de Coimbra, de 1931 a 1932, foram determinantes na vida futura. De regresso ao Funchal, em 1932, abriu banca de advogado. Em 1944, publicou a importante separata O Modernismo em Portugal. (Entrevista com Edmundo de Bettencourt). Foi nomeado Delegado da Sociedade Portuguesa de Autores na Ilha da Madeira, de 1956 a 1958. Proferiu conferências, promoveu encontros e exposições, entre muitas outras actividades culturais. A sua obra poética encontra-se compilada em Poesias Completas (1.ª ed., Coimbra, Atlântida Editora, 1967). Iniciou-se como jornalista, actividade que privilegiava profundamente, no quinzenário liceal Alma Nova. Correspondente do República, Lisboa, colaborou na imprensa da Madeira. Dirigiu o Eco Literário, Suplemento do Eco do Funchal. Como político oposicionista ao regime, além de discursos proferidos em sessões comemorativas, João Brito Câmara distinguiu-se como um vibrante orador em comícios de propaganda política. Inscreveu-se no M.U.D., (Movimento de Unidade Democrática). E nesta qualidade, tornou-se Delegado da Comissão Distrital das Campanhas Eleitorais de Norton de Matos de 1948 a 1949 e do General Humberto Delgado, em 1958. De 1958 a 1960, sofreu quatro processos judiciais interpostos pela P.I.D.E. Três foram processos crimes. Veio a ser preso no Funchal. Como jurista, era muito considerado. Numa tentativa de aproximar a jurisdição do público comum, publicou algumas das suas alegações forenses, em artigos de jornais e em opúsculos. João Brito Câmara faleceu, no Funchal, a 26 de Dezembro de 1967.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Doação ao Arquivo Regional da Madeira em 12 de Janeiro de 2007, pela filha do produtor, a Senhora Dona Paulina Câmara da Silva.

Âmbito e conteúdo

O arquivo de João Brito Câmara (1909-1967) divulga a sua vida e obra, cujo percurso biográfico se apresenta original na produção literária madeirense. Além de advogado de sucesso, João Brito Câmara foi o primeiro oposicionista em campanha eleitoral. Na sua globalidade, os documentos revelam uma vida fiel a convicções de ordem social, moral e familiar. São cerca de cinquenta anos da vida e da obra de João Brito Câmara, desde os seus inícios de escritor, num pequeno jornal manuscrito em caligrafia escolar, quando contava apenas dez anos de idade, até ao ano da sua morte, em 1967. O inventário do arquivo de João Brito Câmara descreve as quatro secções seguintes: Documentos pessoais, Actividade literária, Actividade política e Actividade jurídica. As quatro secções deste arquivo contêm a mais variada documentação, como inéditos, recortes de jornais, crítica literária, biografias, manifestos, circulares, facturas, convites e cartões de visita, da jurisdição, da literatura e da política da Madeira e do continente.

Condições de acesso

Acesso livre.

Instrumentos de descrição

Maria Mónica Teixeira e Fátima Barros, Arquivos de escritores e investigadores madeirenses: instrumentos descritivos, Arquivo Histórico da Madeira, vol. XXIII, Funchal, 2016, pp. 386-469.

Unidades de descrição relacionadas

Documentação Arquivo P.I.D.E./D.G.S., Torre do Tombo: Processos crime n.ºs 1181/58 e 219/60; Registo n.º 145/60 (não localizável); ofício n.º 1746, 17-11-1960; Pr.º 16439, 3.º Juízo Criminal de Lisboa.

Notas do arquivista

TítuloNota do arquivista Data0919-20-16 ArquivistaFátima Barros Nota do arquivistaOrganização e descrição de Maria Mónica Teixeira. Orientação técnica e revisão de Fátima Barros.