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Capela de Maria Gonçalves, viúva de João Ribeiro

Detalhes do registo

Identificador

2715712

Nível de descrição

Documento composto   Documento composto

Código de referência

PT/ABM/JRC/001/0091/00017

Tipo de título

Atribuído

Título

Capela de Maria Gonçalves, viúva de João Ribeiro

Datas

1675  a  1833 

Datas de acumulação

1676 (data de abertura dos autos)

Datas descritivas

1667-09-04 e 1674-09-22 (data de instituição do vínculo)

Dimensão

1 cap.: 51 f. ms. (30 + 21)

Suporte

Extensões

1 Capilha

Âmbito e conteúdo

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (1.º vol., f. 2-5 v.º; 2.º vol., f. 2-7) aprovado em 1667-09-04, na vila da Calheta, em casa da irmã da testadora Maria da Graça, viúva de Domingos Mendes, familiar do Santo Ofício. Tabelião: Jerónimo Teixeira. Codicilo (2.º vol., f. 7-10) aprovado em 1674-09-22, na mesma vila, em casa de Brás Mendes de Sousa, familiar do Santo Ofício. Tabelião: João Baptista Catanho. Abertura do codicilo: 1675-10-16, perante o almotacé Pedro Pinto de Lira Francisco da Silva, filho do ex-escrivão Manuel da Silva Pinheiro e, ainda, de Luís Moniz da Silva, escrivão dos órfãos e câmara da dita vila. Traslados de 1675-12-02 e 1676.MOTIVOS DA FUNDAÇÃO: a testadora encontrava-se doente e entravada (codicilo); temia a hora da morte e desejava por a sua alma no caminho da salvação, por não saber o que lhe estava reservado e desconhecer a hora da sua morte.ENCARGOS PERPÉTUOS (ANUAIS)/BENS: institui vários vínculos de capela com determinados encargos, a saber:[Testamento]:1) e 2) vínculos impostos num foro de meio moio de trigo que deixa às sobrinhas D. Fé e D. Leonor, filhas do sobrinho Brás Mendes e D. Catarina de Moura, com obrigação de cada uma mandar dizer três missas por sua alma «e não sendo necessário» serão por todos os seus defuntos, pelos defuntos das sobrinhas e pelas de seus herdeiros (f. 3).3) manda empregar num foro o que restasse de uma soma de 40.000 réis reservada para sufrágios e deixa-o à sobrinha D. Lourença, filha do sobrinho Brás Mendes de Sousa, com encargo de uma missa anual por alma da testadora.O 1.º volume respeita às contas destes vínculos, total de sete missas anuais pela testadora.[Codicilo]:1) vínculo imposto num foro comprado com duas cadeias de braço de ouro, que deixa a Francisco, filho de seu sobrinho Brás Mendes de Sousa, com encargo de duas missas por alma da testadora.2) vínculo imposto num foro de um saco de trigo comprado com 10.000 réis que restarem das peças de ouro que deixara ao sobrinho Manuel Mendes, foro esse que ficaria para seu filho, com pensão de uma missa anual por alma da instituidora.3) vínculo imposto num foro de um quarto de vinho pago por António Pires, que deixava às sobrinhas filhas de Brás Mendes, com encargo de [quatro ? missas] anuais.4) foro de […] réis pago pelo carpinteiro Manuel Fernandes, e que deixa em vida à irmã Maria da Graça, depois ficaria ao sobrinho Manuel Mendes com encargo de duas missas rezadas cada ano pela testadora.O 2.º volume respeita às contas destes vínculos, total de nove missas anuais pela testadora.BENS GERAIS DOS VÍNCULO: havia feito doação de todos os seus bens aos sobrinhos Brás Mendes de Sousa e Manuel Mendes de Sousa, com reserva de dispor por sua alma o que bem quisesse, os quais bens já estavam repartidos. Assim, sobre estes bens recaem parte dos legados acima referidos.SUCESSÃO: são apenas referidos os primeiros nomeados, não se especificando a forma sucessiva.OUTROS VÍNCULOS:ADMINISTRADOR EM 1676, datas das primeiras quitações: os aludidos sobrinhos e testamenteiros, Brás Mendes de Sousa e Manuel Mendes de Sousa. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: João Gonçalves Farinha (1.º vol.); cap. Brás Mendes de Sousa (2.º vol.).Outras informações do testamento (1.º vol., f. 2-5 v.º; 2.º vol., f. 2-7):FREGUESIA: Calheta.TESTAMENTEIROS: os sobrinhos dotados acima mencionados.ENTERRAMENTO: igreja do Espírito Santo da Calheta, sua freguesia.LITERACIA: a testadora não sabe ler e escrever.TESTEMUNHAS: Manuel Gonçalves, morador nas Florenças; Bartolomeu Fernandes, caixeiro; padre António Gonçalves; Domingos Rodrigues Bernardes, estudante; Manuel Ferreira, mareante; padre Manuel Dias de Lira, que assinou a rogo da testadora; Jerónimo Teixeira, escrivão.Outras informações do codicilo (2.º vol., f. 7-10):Feito pelo vigário Dr. Manuel Gomes Uzel.ALIMENTAÇÃO DE DOENTES: a testadora refere «o notável dispendio hem asucar e galinhas e comer de doemte», despesa essa que tinha o sobrinho Brás Mendes de Sousa com a sua doença e o facto de estar entravada (f. 8).TESTEMUNHAS: José Fernandes Barros, que assinou a rogo da testadora; Brás Gonçalves; Francisco Pires, arrieiro; Estêvão Rodrigues; Francisco Sardinha; André Rodrigues; António da Silva, arrieiro, todos moradores nesta vila e seu termo.Outros documentos do 1.º volume (datas 1676-1883):F. 27 – Auto de sequestro realizado em 1737-02-04, nos Prazeres, Calheta, em dez alqueires de trigo do foro que pagam os herdeiros de Brás Mendes de Sousa.F. 27 v.º - Auto de sequestro em dez alqueires de trigo de foro que paga Domingos Pereira da Maloeira, Calheta.F. 28 v.º-29 – Despacho do juiz dos Resíduos, datado de 1780-03-07, a ordenar o sequestro dos foros constantes nos dois autos de sequestro a f. 27 e 27 v.º. para satisfação das 90 missas em falta e, ainda, das 120 em que condena os possuidores das sete missas dispostas pela instituidora, cuja contas toma em conjunto nestes autos.Outros documentos do 2.º volume (datas 1676-1692):F. 17-21 - Contém quitações dadas pelo capitão Brás Mendes de Sousa de 17 missas anuais, a saber: quatro pelas almas de seu pai Domingos Mendes e mãe Maria da Graça; nove pela alma de sua tia Maria Gonçalves; duas pela alma de sua mulher D. Catarina de Moura e duas por alma de Manuel Pires Ferreira, de uma loja que comprara com essa obrigação.

Condições de acesso

Fora de consulta devido ao muito mau estado de conservação.

Cota atual

220-1

Cota original

Mç. 91 n.º 969

Cota antiga

Cx. 114, n.º 1

Idioma e escrita

Português

Publicador

josevieiragomes

Data de publicação

15/01/2024 15:22:31