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Capela de João Afonso Correia, mercador, marido de D. Inês Lopes

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Capela de João Afonso Correia, mercador, marido de D. Inês Lopes

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Capela de João Afonso Correia, mercador, marido de D. Inês Lopes

Detalhes do registo

Identificador

1332132

Nível de descrição

Documento composto   Documento composto

Código de referência

PT/ABM/JRC/001/0011/00003

Tipo de título

Atribuído

Título

Capela de João Afonso Correia, mercador, marido de D. Inês Lopes

Datas

1593  a  1834 

Datas de acumulação

1594 (data do primeiro auto de contas)

Datas descritivas

1490-05-13 (data de instituição do vínculo)

Dimensão

1 cap.: 281 f. ms. (processo inicia na f. 66; fl. 66 a a 96 numeradas, restantes não numeradas)

Suporte

Extensões

1 Capilha

Âmbito e conteúdo

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1490-05-13, na vila do Funchal. Tabelião: João de Atouguia.ENCARGOS (ANUAIS): missa quotidiana na capela do Espírito Santo, na igreja de Santa Maria do Calhau, que manda construir com abóbada de cantaria e ornamentar com vestimentas e paramentos vários, como um cálice de prata dourada de dois marcos e meio com sua patana, frontal e seus mantos. A missa seria celebrada por um capelão “bom homem e de onesto viver”, com círios e tochas para as festas e domingos. Os mordomos da confraria de Santa Maria do Calhau receberiam 600 réis anuais, cabendo ao administrador da capela 8$000 réis (20 cruzados); o remanescente da terça seria aplicado em missas por alma do testador e daqueles que o ajudaram a ganhar sua fazenda. REDUÇÃO DE ENCARGOS: por sentença de abaixamento do bispo D. Luís de Figueiredo, datada de 1593-12-16, publicada em 1594-01-08 (f. 79 a 83), a pensão desta capela é reduzida a três missas semanais. A mesma sentença refere que o antecessor já havia reduzido a capela de doze para oito meses de missas. Por sentença de 1818-12-14 (f. 299-328) as capelas administradas pelo Visconde de Torre Bela são reduzidas à seguinte pensão: missa aos Domingos e dias santos (90 missas) celebrada por um capelão por 100.000 réis anuais; três missas de Natal por 2.400 réis; obras da capela do Carmo do Funchal conforme determinado pelo instituidor Manuel Martins Brandão; a capela de D. Isabel Bettencourt é reduzida a duas tochas para o igreja de Câmara de Lobos e duas tochas para São Bernardino. Em 1854-07-14 (f. 96 a 97) o administrador obtém sentença de redução temporária dos encargos pios em atraso.SUCESSÃO: designa por administrador da terça e seu testamenteiro João Alves, criado de Rui Mendes, até seu filho António ter idade para casar. Pelo seu trabalho, receberia 8$000 réis da renda da sua terça. Recomenda-lhe, ainda, que siga o conselho de Diogo de Barcelos e que este “seja pago”.BENS VINCULADOS: terça dos seus bens móveis e de raiz. Determina que os escravos de sua terça devem servir sempre na fazenda da terça, bem como uma ou duas juntas de bois. Na aludida sentença de abaixamento (f. 80), o administrador Jorge Correia Neto, neto do instituidor, alega que, ao tempo da instituição, os bens da terça rendiam muito mais, e que agora (1591) as fazendas não rendiam mais do que 12$020 réis e as esmolas pelas missas eram superiores. Já nuns embargos interpostos em março de 1635 (f. 164), afirma-se que os bens da capela não rendem mais do que 11$500 réis anuais, razão pela qual o administrador contesta dizer o meio anal de missas por inteiro. A f. 215-216 consta uma conta desta capela desde o ano de 1690 a 1794, seguindo-se um rol dos rendimentos dos foros, incluindo as despesas efetuadas no conserto e restauro de telhados, abóboda e pinturas da capela. O referido documento refere que, em 1691, os serrados nada renderam por estarem plantados de vinha e, em 1692, renderam somente 6$350 réis de açúcar “por lhe dar o bicho nas canas”. Uma informação do administrador António Correia Bettencourt, datada de 1761-05-15 (f. 276) diz que os bens desta capela são uma fazenda em Câmara de Lobos, acima da ermida do Espírito Santo, que confronta pelo norte com fazenda dos religiosos de São Bernardino, sul com o caminho que vai para o lugar de Câmara de Lobos, leste com os mesmos religiosos e oeste com o Pico.ADMINISTRADOR EM 1593, data da primeira quitação: o neto Jorge Correia. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Visconde de Torre Bela.Outras informações do testamento (f. 67 a 73 v.º):ESCRAVOS: liberta o escravo […] Antão, deixando 4.000 réis de sua terça para ajuda da alforria; liberta a escrava Branca na parte que pertencer à sua terça e roga à mulher e herdeiros que também a forrem na parte que lhes pertencer.LEGADOS: a Margarida, filha de Álvaro Vaz, 6.000 réis para o seu casamento; a Isabel, criada de Rui Mendes, 5.000 réis também para o seu casamento; a Catarina Afonso de Montemor, por serviços prestados, 20.000 réis, com a recomendação de que crie o seu filho e o tenha até ter 10 anos de idade.DÍVIDAS E CRÉDITOS: o testamento refere negócios de açúcar e azeite com João Esmeraldo, Pêro Delgado da Madalena, Francisco Castelhano, e com os mercadores Rui Soeiro, João Belo e Rodrigo Anes. Menciona também a dívida de Antão Vaz, relativa a uma mercadoria vinda do Levante e entregue em Lisboa por Afonso Rodrigues, mestre da nau Penteada, e o castelhano Diogo de Barajona, devedor de cinquenta jarros de azeite, três arrobas e meia de açúcar branco e ainda de treze arrobas de açúcar que ficaram por pagar em França, por se ter perdido a caravela Mexias, que transportava a mercadoria destinada ao pagamento. Ainda contas com Estêvão Lopes, irmão de sua mulher. Dívidas também com Fernão Pires, da Ribeira dos Socorridos, de quem teve duas sentenças, recebendo trinta e sete arrobas de açúcar e outros pagamentos. Ainda Félix Fernandes do Caniço deve-lhe oito côvados de “hjpre”(?) a 380 réis o côvado.TABELIÃES E ESCRIVÃES referidos no testamento: tabelião Afonso Anes; escrivão Álvaro Mendes; escrivão Diogo Vaz; escrivão Luís Godinho.TESTEMUNHAS: Luís Mendes de Vasconcelos, fidalgo; Diogo Lopes; Rodrigo Anes, natural de Ponte da Barca; Gonçalo Martins, natural de Cabaça, termo do Modageiro; João Álvares, criado de Rui Mendes, morador em Câmara de Lobos.Outros documentos: F. 98 - Petição de João de Bettencourt Correia, ca. março 1599, refere que seu pai pagou “sessenta e tantos mil rs” da feitura de um arco na capela do Espírito Santo da igreja de Santa Maria do Calhau.F. 99 - Termo, datado de 1599-03-16, de depósito na Casa dos Contos da quantia de 33$000 réis. Refere-se que os gastos no retábulo do Espírito Santo somarão 7$100 réis.F. 166 - Quitação, datada de 1629-05-28, de 7$600 réis para ajuda de se fazer a capela de azulejos.F. 243 - Rol s.d. (ca. 1734) da conta da casula, no valor de 19$350 réis.F. 247 - Quitação dos gastos na compra de tecido para um frontal rico de damasco branco e ouro para a capela do Santíssimo da igreja de Santa Maria do Calhau. Ainda de arranjos na mesma igreja. Fev. 1738.

Cota atual

121-1

Cota original

Mç. 11, n.º 144

Cota antiga

Cx. 17, n.º 1

Idioma e escrita

Português

Publicador

josevieiragomes

Data de publicação

15/01/2024 15:22:31