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Capela de Álvaro de Ornelas Saavedra, fidalgo da casa d’el-rei, e de sua segunda mulher Branca Fernandes de Abreu, filha de João Fernandes do Arco

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Capela de Álvaro de Ornelas Saavedra, fidalgo da casa d’el-rei, e de sua segunda mulher Branca Fernandes de Abreu, filha de João Fernandes do Arco

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Capela de Álvaro de Ornelas Saavedra, fidalgo da casa d’el-rei, e de sua segunda mulher Branca Fernandes de Abreu, filha de João Fernandes do Arco

Detalhes do registo

Identificador

1152036

Nível de descrição

Documento composto   Documento composto

Código de referência

PT/ABM/JRC/001/0007/00009

Tipo de título

Atribuído

Título

Capela de Álvaro de Ornelas Saavedra, fidalgo da casa d’el-rei, e de sua segunda mulher Branca Fernandes de Abreu, filha de João Fernandes do Arco

Datas

1586  a  1869 

Datas descritivas

1518-02-17, 1524-04-03 (datas de instituição do vínculo)

Dimensão

1 cap.: 132 f. ms.

Suporte

Extensões

1 Capilha

Âmbito e conteúdo

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento de mão comum feito em 1517-01-18, aprovado em 1518-02-17, sobre o Porto Novo, na sua quinta e casas de morada (fl. 42 v.º a 47 v.º). Testamento do instituidor Álvaro de Ornelas feito em 03-04-1524 e aprovado em 1524-04-08 (fl. 2 a 18); Codicilos aprovados em 1525-11-22 e 1526-01-04 (fl. 18 v.º a 21).MOTIVOS DA FUNDAÇÃO (test.º do fundador): o testador temia a hora da morte e não sabia quando ocorreria; descarrego de consciência.desconhecia o dia e hora ENCARGOS (ANUAIS): 12.000 réis para missas por intenção dos testadores, cera e ornato da sua capela de Santo António da Sé do Funchal, por eles edificada, distribuídos da seguinte forma: quatro missas semanais, seguidas de responso com água benta sobre suas sepulturas (à segunda missa pelos Fiéis de Deus, à quarta em honra de Santo António, à sexta pelas Chagas de Cristo e ao Sábado pela Conceição de Nossa Senhora), pagas com 6000 réis ao capelão que as celebrasse; 4000 réis para cera, azeite, candeias, velas, vinho, azeite e o necessário para o altar; 2000 réis para o administrador. REDUÇÃO DE ENCARGOS: a sentença de redução, emitida em 1819-09-17, reduz as capelas administradas por D. Maria de Ornelas à pensão anual de 70.000 réis à Misericórdia do Funchal.BENS VINCULADOS: terça dos seus bens. Uma declaração do capitão Miguel da Câmara Leme, datada de 1731-08-03 (fl. 120) refere que o rendimento desta capela provém de vários foros, a saber: um foro pago por Manuel Escórcio Lomelino de uma casa na rua de João Gago; um foro pago por José Gonçalves, marceneiro, imposto numa casa ao Jogo da Bola; 2.000 réis de um foro imposto numa casa de D. Maria de Ornelas no Cabo do Calhau; um foro de imposto nas casas onde mora Felício Francisco à rua da Alfândega; 1500 réis de foro imposto na fazenda que fora de Agostinho de Ornelas no Pico do Cardo; um foro de 10 alqueires de trigo imposto na fazenda do Vale Formoso, que possui o padre Bettencourt de Freitas. SUB-ROGAÇÃO DE BENS: em 1851 (fl. 23), verba de sub-rogação do capital do foro de parte da quinta do Palheiro Ferreiro, pertença da Quinta do Garajau, pelo capital das terras do Jangão, Ponta do Sol.SUCESSÃO: sucessão alterada no test.º do testador de 1524 - seria primeiro administrador o filho António de Ornelas “o moço” (o primogénito do 1.º casamento, Mem de Ornelas, e o primogénito do segundo casamento, João de Ornelas foram afastados da administração do morgadio por terem desobedecido ao pai; entre outras razões, Mem de Ornelas tomou à força um serrado abaixo do Caniço). ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS EM 1586 (fl. 24): António Garcia, fidalgo, em nome de sua cunhada D. Jerónima de Ornelas de Abreu, filha de Jerónimo de Ornelas e de Catarina de Barros, e neta dos instituidores. ÚLTIMO ADMINISTRADOR : Agostinho de Ornelas e Vasconcelos.Outras informações do testamento de Álvaro de Ornelas Saavedra (fl. 2 a 18)ENTERRAMENTO: capela de Santo António da Sé do Funchal, onde enterrara sua mulher Branca Fernandes. Diz ter comprado uma campa de jaspe(?), com suas armas e letreiro, que mandara vir da vila de Setúbal.CÔNJUGE: primeira mulher Constança de Mendonça. Filho primogénito destes: Mem de Ornelas c.c. Helena de Góis.FILHOS do segundo casamento do testador com Branca Fernandes de Abreu: João de Ornelas de Vasconcelos (primogénito), António de Ornelas “o moço”, Jerónimo de Ornelas, Pedro de Ornelas, Francisca de Abreu. Estes não têm idade para reger seus bens.TESTAMENTEIRO: Lançarote de Agrela, primo do instituidor (por ocasião da feitura do codicilo o nomeado testamenteiro já era falecido). Recomenda ao grande amigo Bartolomeu Valadares que acompanhe as partilhas quando tiverem lugar.PROPRIEDADES: bens na capitania de Machico: no Porto Novo umas terras que foram de Lourenço Enes de Água de Pena; outro serrado junto do engenho que parte com Martim Álvares, que ficou por morte de sua mulher Constança de Mendonça.CONTAS E DÍVIDAS: o instituidor declara nada dever aos herdeiros de Lourenço Enes de Água de Pena; manda dar a António, filho de Cristóvão Rodrigues, 5.000 réis por um serviço prestado; refere que sua mulher Branca Fernandes de Abreu emprestou 100 cruzados de ouro à senhora capitoa D. Isabel.ESCRAVOS: doa 10.000 réis à escrava Guiomar Álvares, que está em sua casa, e aí permaneceria quanto tempo quisesse; liberta o mulato Manuel Pinto, filho da referida Guiomar Álvares, na condição de servir o filho António de Ornelas durante quatro anos (fl. 8); refere uma escrava mourisca Isabel; liberta o mulato pequeno Francisco Chiquo(?), filho da escrava Beatriz, na condição de servir o filho Pedro de Ornelas durante dois anos.DOAÇÕES: a Fernão Brás, criado antigo e com bons serviços prestados, para além do canavial, doa-lhe ainda: 20.000 réis em dinheiro, uma junta de bois, um moio de trigo da terra para semear, uma égua e um poldro; aos herdeiros de Álvaro Esteves manda dar 50 arrobas de açúcar branco.VESTES, JOIAS, ARMADURAS: refere gastos de armaduras, moços e cavalos, com o filho João de Ornelas nas partes de África; joias e vestidos doados à filha Francisca de Abreu.

Condições de acesso

Fora de consulta devido ao mau estado de conservação.

Cota atual

115-5

Cota original

Mç. 7, n.º 100

Cota antiga

Cx. 11, n.º 5

Idioma e escrita

Português

Notas

Falta a f. 90; a mais a f. 128A (por nós numerada).“O restauro deste documento, permitindo a sua digitalização e disponibilização ao público, foi realizado pelo projeto VINCULUM. Este projeto recebeu financiamento do European Research Council (ERC), ao abrigo do programa União Europeia de investigação e inovação Horizonte 2020 (acordo nº 819734)”.“The restoration of the document, allowing for its digitization and availability to the public, was made under the VINCULUM project. This project has received funding from the European Research Council (ERC) under the European Union's Horizon 2020 research and innovation programme (grant agreement n° 819734)."

Publicador

josevieiragomes

Data de publicação

15/01/2024 15:22:31