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Capela do capitão João Bettencourt de Freitas e de sua mulher D. Bárbara de Meneses

Detalhes do registo

Identificador

1140714

Nível de descrição

Documento composto   Documento composto

Código de referência

PT/ABM/JRC/001/0005/00007

Tipo de título

Atribuído

Título

Capela do capitão João Bettencourt de Freitas e de sua mulher D. Bárbara de Meneses

Datas

1725  a  1869 

Datas descritivas

1639-05-29 e 1640-01-14 (datas de instituição do vínculo)

Dimensão

1 cap.: 83 f. ms.

Suporte

Extensões

1 Capilha

Âmbito e conteúdo

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento de mão comum (f. 2-6 v.º) aprovado em 1639-05-29, Campanário. Tabelião: Mateus Ferreira Garcês, tabelião do lugar da Ribeira Brava e seu limite. Codicilo (fl. 7-11) feito em 1640-01-14 e lançado em 1640-02-03 nas notas do tabelião Luís Gonçalves. Traslados de 1725, extraídos de uns autos de petição de D. Isabel de Bettencourt, viúva do capitão Gonçalo de Freitas Bettencourt [e filha dos instituidores], em que era parte o vigário do Campanário, Manuel Teixeira Pereira, que denunciara esta capela.MOTIVOS DA FUNDAÇÃO: o testador encontrava-se indisposto; temiam o dia e hora incerta de suas mortes e o estreito Juízo a que seriam chamados; ordenar suas suas almas e consciências (f. 2 v.º-3).ENCARGOS PERPÉTUOS (ANUAIS): a terça do marido estava sujeita a três missas a Nossa Senhora do Rosário, na igreja de São Brás do Campanário, e a terça da mulher tinha o encargo de duas missas na mesma igreja, uma ao Bom Jesus e outra a Nossa Senhora do Rosário. SUCESSÃO: nomeiam o cônjuge sobrevivo, depois sucederia a filha D. Isabel, não tendo esta herdeiros forçosos nomearia quem quisesse.BENS VINCULADOS: terças dos seus bens, que tomam na fazenda do Trancoal com adega e lagar junto à ribeira, na fazenda do lugar de Baixo comummente chamado do Pinheiro e noutra que fazia Roque Fernandes (ao tempo da instituição). Estas fazendas deveriam andar “sempre juntas”, nunca podendo ser vendidas (f. 4 v.º). No codicilo, o testador esclarece que estes lugares da terça foram arrematados na praça por Pedro Ribeiro Esmeraldo sem títulos, “nem lhe dever couza algua”, a requerimento de seu genro João Bettencourt da Câmara, marido de sua filha D. Maria de Bettencourt.ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS EM 1725, data de abertura dos autos (f. 1 e 11 v.º): o juiz do Resíduo manda tomar a conta em separado, visto que os bens do instituidor possuía o capitão Luís de Albuquerque e Freitas e os bens da testadora a sua cunhada (em 1730 possui o capitão Jacinto da Câmara Leme).Uma nota inscrita na folha de rosto do processo, menciona que “a pensão de D. Bárbara ha de pagar o capitão Jacinto da Camara Leme, que venceu por demanda esta terça e se devem separar”. Efetivamente, um despacho do juiz dos Resíduos, datado de 1783-06-30 (f. 44 v.º), esclarece que o capitão António Leandro da Câmara Leme deve dar conta apenas da capela da instituidora, que se mostra cumprida até o ano de 1762. Já a capela do instituidor é administrada por Luís Bettencourt de Albuquerque, e a este devem tomar-se contas, formando-se autos separados destes, caso não os haja neste Juízo. Refira-se, porém, que até ao fim do processo tomam-se contas do encargo global das cinco missas.ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Conde de Carvalhal.Outras informações do testamento e codicilo (f. 2 a 11):Refere-se que a testadora D. Bárbara é enteada de D. Brites de Sousa, que lhe deixou a sua terça em quantia de 205 mil réis.DEVOÇÃO: a testadora e o marido faziam anualmente a festa de Nossa Senhora do Rosário da igreja de São Brás, recomendando ao cônjuge sobrevivo que continuasse a cumpri-la. FILHOS: filha D. Maria, mulher de João Bettencourt da Câmara.TUTORES da filha: a mãe do testador, D. Ana Cabral, a cunhada do testador, D. Maria Félix, e o Rdo. João de Freitas Bettencourt, seu primo.LEGADOS: 1000 réis à ermida da Vera Cruz, Campanário, para o seu reparo. Uns embargos datados de março de 1798 (fl. 46/47), referem que a capela da Vera Cruz está interdita ao culto.TESTEMUNHAS [do codicilo]: António Velosa; Domingos Gonçalves; Frutuoso Pires, o moço; Baltazar Loureiro; António Gonçalves de Moura; Francisco Gonçalves das Voltas; Manuel Gonçalves do Trancoal, todos lavradores e moradores no Campanário.ENTERRAMENTO: capela mor da igreja do Campanário, obtendo licença do bispo.LITERACIA: a testadora não sabe escrever, o testador assina o testamento mas não o codicilo, porque lhe sobreveio uma fraqueza.Outros documentos:F. 52 - Auto de sequestro, feito em 1813-08-20, na novidade do vinho da fazenda do capitão mor João Francisco da Câmara Leme, no sítio da Torre, Campanário.

Condições de acesso

Fora de consulta devido ao mau estado de conservação.

Cota atual

112-7

Cota original

Mç. 5, n.º 78

Cota antiga

Cx. 8, n.º 7

Idioma e escrita

Português

Publicador

josevieiragomes

Data de publicação

15/01/2024 15:22:31