Salvaguardamos e valorizamos o património documental da Região.
 

Capela de João de Ornelas de Moura

Detalhes do registo

Identificador

1119491

Nível de descrição

Documento composto   Documento composto

Código de referência

PT/ABM/JRC/001/0002/00008

Tipo de título

Atribuído

Título

Capela de João de Ornelas de Moura

Datas

1796  a  1869 

Datas descritivas

1604-09-17 (data de instituição do vínculo)

Dimensão

1 cap.: 37 f. ms.

Suporte

Extensões

1 Capilha

Âmbito e conteúdo

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (f. 2-11) aprovado em 1604-09-17, no limite do Caniço, nas pousadas do instituidor, por Francisco Dias de Gouveia, notário do Caniço; aberto em 1604-09-24. Traslado de 1796.MOTIVOS DA FUNDAÇÃO: o testador encontrava-se um tanto doente e com temor da morte (f. 2).ENCARGOS PERPÉTUOS (anuais): duas missas rezadas em qualquer altar por sua alma, de seu filho Jerónimo, de sua mãe e de sua irmã D. Antónia. REDUÇÃO DE ENCARGOS: a informação do procurador do Resíduo (f. 22 v.º-23), esclarece que, pela redução de 1814-03-20, esta capela ficou anexa à capelania da Lombada, com pensão de uma missa anual pelo administrador.Em 1819-01-28 (f. 25-31) o administrador João Carvalhal Esmeraldo Vasconcelos Bettencourt obtém indulto apostólico de componenda das pensões caídas das capelas que administra.SUCESSÃO: nomeia a filha D. Antónia, mulher de Francisco de Morais. Caso não tivesse filhos, a terça passaria à sobrinha do instituidor, D. Ana, e não tendo esta filhos, ou falecendo antes da primeira nomeada, herdaria uma das filhas de Luís Gonçalves de Andrade, e daí em diante «correra por linha de meu pay e may que o chame de Ornellas sendo ele para isso» (f. 4).BENS VINCULADOS: terça dos seus bens, não discriminados. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Conde de Carvalhal.OUTROS VÍNCULOS: terça de sua primeira mulher D. Luzia, que deixa à filha D. Antónia e depois à sobrinha D. Maria de Moura, mulher de João de Caus; as outras terças que administra ficariam a sua filha D. Antónia, não tendo esta filhos à sobrinha D. Ana.Outras informações do testamento (f. 2 a 11):Freguês do Caniço.Irmão da Santa Casa da Misericórdia de Santa Cruz.CÔNJUGES/FILHOS: casado primeira vez com D. Luzia, depois com D. Constança. Filhos falecidos, entre eles Jerónimo de Ornelas. Resta a filha do segundo casamento, D. Antónia.ENTERRAMENTO: mosteiro de São Francisco, da vila de Santa Cruz.ESCRAVOS: deixa 10.000 réis à mulata de Maria de Vasconcelos, para se forrar, visto tê-lo criado e servido de dia e de noite na sua enfermidade, limpando-o e lavando-o; caso os herdeiros não concordassem com esta alforria, deixava-lhe 40.000 réis para o efeito ; liberta Domingos, impondo a obrigação de lhe mandar dizer oito missas dentro de três anos.CONTAS/DÍVIDAS com: Cosme Enes, caixeiro de Lisboa; Gaspar Arrais; João Martins, do Porto Novo; João Guilherme Flamengo; Francisco Rodrigues, que foi saboeiro; António de Azevedo; Duarte Martins; João de Caus casado com D. Maria de Moura; Brás de Castro; Gaspar Afonso; entrega à justiça um serrado na Ribeira Seca, Machico, que cobrara por procuração do ausente Cristóvão de Moura.DOTE do genro Francisco de Morais: no valor de 8.000 cruzados, dotados nos seguintes bens no Funchal: serrado da Conceição; serrado da Torrinha; casas onde morava João Baptista; cova de Maria Enes com um dia de água da levada do Caniço e que rendia quinze a dezasseis pipas de malvasia; terras de pão junto ao Varadal; montados dos picos com cabras e porcos; um moio e meio de trigo de terra sita nos Areais, Porto Santo; escravos, móveis e peças de ouro de sua filha Antónia.OUTROS LEGADOS: 1.000 réis para as obras de Nossa Senhora do Faial.FOROS: foro que tinha Jorge de Freitas com obrigação de duas missas em dia do Bom Jesus, por sua alma e da mulher D. Constança; outro foro que tinha Domingos Fernandes com pensão de uma missa anual em dia de Nossa Senhora da Conceição pelos mesmos sufragados.TESTEMUNHAS: Luís Gonçalves de Andrade, morador na cidade do Funchal; padre Manuel Lopes, beneficiado da igreja do Caniço; Manuel Teixeira, estante em casa do instituidor; Nicolau Mendes e António Pires, moleiro, moradores no Caniço; Pedro Barreto, criado de Francisco de Morais, morador na cidade do Funchal.LITERACIA: assina o testamento, que fora feito por António do Rego.Outros documentos:F. 25 a 31 - Indulto apostólico de componenda de pensões caídas, datado de 1819-01-28, e obtido pelo administrador João de Carvalhal Esmeraldo.

Cota atual

107-3

Cota original

Mç. 2, n.º 26.

Cota antiga

Cx. 4, n.º 3

Idioma e escrita

Português

Instrumentos de descrição

Razoável estado de conservação.

Notas

Este processo inicia-se no último quartel do séc. XVII, por motivo de reforma na vigência do administrador Luís Vicente de Carvalhal Esmeraldo.

Publicador

josevieiragomes

Data de publicação

15/01/2024 15:22:31