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Capela de D. Bernardo de Bettencourt Sá Machado, solteiro, filho de D. Madalena de Miranda

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Capela de D. Bernardo de Bettencourt Sá Machado, solteiro, filho de D. Madalena de Miranda

Detalhes do registo

Identificador

1119140

Nível de descrição

Documento composto   Documento composto

Código de referência

PT/ABM/JRC/001/0002/00003

Tipo de título

Atribuído

Título

Capela de D. Bernardo de Bettencourt Sá Machado, solteiro, filho de D. Madalena de Miranda

Datas

1796  a  1869 

Datas descritivas

1722-01-08 (data de instituição do vínculo)

Dimensão

1 cap.: 47 f. ms.

Suporte

Extensões

1 Capilha

Âmbito e conteúdo

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1722-01-08, nas suas casas de morada na cidade do Funchal, pelo tabelião Tomé Rodrigues da Silva; aberto em 1722-02-08, na presença do juiz de Fora, corregedor Dr. João de Andrade Albuquerque.MOTIVOS DA FUNDAÇÃO: o testador encontrava-se doente numa cama; não sabia a hora em que Deus seria servido de o levar; descargo de sua consciência e bem da sua salvação.ENCARGOS PERPÉTUOS: quatro missas rezadas anuais pela alma de seus pais e irmão, sendo uma em dia de São José, uma em dia de São Bernardo e duas em dia da festa de Nossa Senhora da Luz do Colégio da Companhia. REDUÇÃO DE ENCARGOS: a informação do procurador do Resíduo (f. 32), esclarece que, pela redução de 1814-03-20, esta capela ficou anexa à capelania da Lombada e com pensão de uma missa anual.Em 1819-01-28 (f. 34-40) o administrador João Carvalhal Esmeraldo Vasconcelos Bettencourt obtém indulto apostólico de componenda das pensões caídas das capelas que administra.SUCESSÃO: sem herdeiros forçosos, deixa os dois terços de sua fazenda aos dois filhos naturais, José de Sá e Gaspar de Bettencourt, para seus patrimónios; por morte de um ficaria ao outro, se a irmã (também sua filha natural) Maria de Miranda lhes sobrevivesse ficaria com o rendimento dos dois terços, mas seria administrador quem em tal altura possuísse o morgado da Ribeira [dos Socorridos] instituído por D. Guiomar de Couto, não podendo o convento jamais administrar nem interferir em nada. Por falecimento do último dos três herdeiros, vender-se-iam todos os bens móveis e aplicar-se-iam em bens de raiz. Depois os dois terços da fazenda passariam ao irmão do testador, Frei Pedro de Sá, se fosse vivo (uma vez mais, sem que os religiosos interferissem na sua administração), e por sua morte ficaria ao sobrinho do testador Francisco Luís de Vasconcelos e depois ao filho mais velho na forma de morgado, correndo sempre no filho primogénito com o dito encargo das quatro missas rezadas anuais.ao seu herdeiro e sobrinho Francisco Luís de Vasconcelos Bettencourt Sá Machado. Na falta de descendência do sobrinho, o vínculo passaria aos padres da Companhia de Jesus, com a obrigação de sustentar Faustina Maria do Rosário, se fosse viva, e repartindo-se os bens em três partes: duas partes destinadas a missas e a outra para os gastos do aumento do Colégio.BENS VINCULADOS: vincula os dois terços de sua fazenda, pagas as dívidas e cumpridos seus legados, bens não descritos (o outro terço dos bens seria anexado ao morgado dos Machados, conforme instituído). OUTROS VÍNCULOS: o instituidor declara ser administrador de vários morgadios nesta ilha e em São Miguel, entre os quais:i) o instituído pela tia D. Inácia de Moura, de que foi primeiro administrador, e como não tem herdeiros legítimos a sucessão pertence ao sobrinho Francisco Luís de Vasconcelos. ii) o morgado dos Machado, que tem o encargo de quem o herdar anexar a sua terça, manda assim que se entregue a sua terça parte ao possuidor.ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Conde de Carvalhal.Outras informações do testamento (f. 2 a 11 v.º):Irmão da Santa Casa da Misericórdia do Funchal e de várias confrarias.FILHOS NATURAIS: José de Sá e Gaspar de Bettencourt, que seriam clérigos «para que sejão de missa» (f. 7) e Maria de Miranda, que seus testamenteiros recolheriam no mosteiro de Santa Clara, por freira de véu branco, e lhe fariam o seu dote. Já os filhos seriam clérigos, ficando os ditos bens para seus patrimónios «para que sejão de missa» (f. 7); .ENTERRAMENTO: não se diz onde, o testador pede apenas que de «pompa» faça apenas uma breve condução do seu cadáver para a sepultura (f. 9 v.º).TESTAMENTEIROS:o sobrinho Francisco de Vasconcelos; o padre reitor da Companhia de Jesus, Manuel Teixeira Brazão e o seu criado Matias Ferreira Freitas.ESCRAVOS: liberta o escravo Lourenço e caso este quisesse assistir na companhia de seus filhos, estes o ajudariam e dariam o que pudessem; deixa Marçalino aos filhos José e Gaspar, libertando-o apenas quando aqueles falecessem; deixa as escravas Rosa e Maria aos filhos, libertando-as apenas quando os mesmos falecessem, e ordenado que não se tomariam os seus anéis, brincos e caixas porque os havia oferecido há muito tempo para os respetivos enterros; aforra a negra Joana comprada a Jerónimo Ribeiro, que por sua vez a tinha comprado a Thomas Thorgan e a Diogo Pope.OUTRAS PROPRIEDADES: fazenda da Pedra Mole e uma casa térrea em São Pedro que deixa a Faustina Maria do Rosário.LEGADOS: 400 mil réis ao criado Mateus Ferreira Freitas, pelo bom serviço prestado; 200 mil réis ao criado André Gonçalves; LITERACIA: sabe escrever, assina o testamento.Outros documentos:Fl. 11 v.º a 16 - Traslado do inventário das peças de prata pertencentes ao morgado de D. Inácia de Moura, dadas em 1722-05-16 ao testamenteiro Francisco Luís de Vasconcelos Bettencourt Sá Machado: uma bacia de barba comprida e lavrada; uma colher de “torrião” antiga; uma bandeja em forma de açafate de verga; uma bandeja oitavada; dois castiçais; dois púcaros, duas bandejas pequenas; uma salva açafatada; quatro castiçais quadrados; um tinteiro e poeira; um prato dourado antigo; um copo; um saleiro dourado; duas bandejinhas; vinte e oito colheres de prata; dez garfos; um prato de água para as mãos; cinco fivelas e uma chapa; uma cafeteira; um candeeiro; uma bacia e um pichel; um talher; treze garfos e duas colheres; dois copos; duas tijelas de sangria; uma tesoura; uma bandeja de meias canas; uma salva.F. 16 v.º-19 - Traslado da sentença, datada de 02-11-1726, que refere as contas dos legados e encargos do testamento do instituidor D. Bernardo Bettencourt e a importância líquida dos bens do defunto, atribuída ao testamenteiro Francisco Luís de Vasconcelos Bettencourt Sá Machado, como herdeiro do morgado da tia.F. 34-40 - Indulto apostólico de componenda de pensões caídas, datado de 1819-01-28, e obtido pelo administrador João de Carvalhal Esmeraldo.

Cota atual

106-7

Cota original

Mç. 2, n.º 21

Cota antiga

Cx. 3, n.º 7

Idioma e escrita

Português

Notas

Este processo inicia-se no último quartel do séc. XVII, por motivo de reforma na vigência do administrador Luís Vicente de Carvalhal Esmeraldo.

Publicador

josevieiragomes

Data de publicação

15/01/2024 15:22:31