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Capela de D. Isabel Cortes, filha de Manuel Afonso Cortes e viúva de Rui Dias

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Capela de D. Isabel Cortes, filha de Manuel Afonso Cortes e viúva de Rui Dias

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Capela de D. Isabel Cortes, filha de Manuel Afonso Cortes e viúva de Rui Dias

Detalhes do registo

Identificador

1119133

Nível de descrição

Documento composto   Documento composto

Código de referência

PT/ABM/JRC/001/0002/00002

Tipo de título

Atribuído

Título

Capela de D. Isabel Cortes, filha de Manuel Afonso Cortes e viúva de Rui Dias

Datas

1796  a  1857 

Datas descritivas

1616-06-19 (data de instituição do vínculo)

Dimensão

1 cap.: 45 f. ms.

Suporte

Extensões

1 Capilha

Âmbito e conteúdo

DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (f. 2 a 12) aprovado em 1616-06-03; codicilo (f.14 a 17 v.º) aprovado em 1619-04-19, ambos pelo tabelião de notas por el-rei no Funchal e seu termo, João Luís Botelho. Traslado de 1796.MOTIVOS DA FUNDAÇÃO: a testadora pretende preparar-se para o momento da morte, não obstante andar de pé, estar de saúde e em seu perfeito juízo e entendimento «serta de morrer e incerta de como e quando disso seja Nosso Senhor servido porque de todo me não tome a morte dezapersebida e para descargo de minha consiencia e consolação da alma determinei fazer meu solene testamento» (f. 2 v.º).ENCARGOS (ANUAIS): uma missa cantada no oitavário dos Santos por sua alma, com oferta de pão e vinho «o que lhe pareser»sobre sua sepultura, no convento de São Francisco (f. 7). REDUÇÃO DE ENCARGOS: a informação do procurador do Resíduo (f. 31), esclarece que, pela redução de 1814-03-20, esta capela ficou anexa à capelania de Nossa Senhora da Vitória, que tem a obrigação de 20 missas anuais por esta e outros instituidores.Em 1819-01-28 (f. 22-27 v.º) o administrador João Carvalhal Esmeraldo Vasconcelos Bettencourt obtém indulto apostólico de componenda das pensões caídas das capelas que administra.SUCESSÃO: sem herdeiros forçosos, faz sua alma herdeira, nomeando primeiro a sobrinha madre D. Isabel do Salvador, e por sua morte às sobrinhas freiras, filhas de seu irmão Gaspar Lopes Cortes, por ordem de idade «correra pelas mais velhas» (f. 7). Após o falecimento destas freiras, suceder-lhes-ia o filho ou neto mais velho do mesmo Gaspar Lopes Cortes, e sempre andaria no filho macho mais velho, não havendo na fêmea.BENS VINCULADOS: casa sobradada com quintal na cidade do Funchal, na banda da rua de Manuel da Mata, defronte de Nicolau Mendes de Vasconcelos; um foro de 1.600 réis e duas galinhas no Estreito de Câmara de Lobos. Em 1619-05-07 (fl. 12/13 v.º), o síndico do convento de Santa Clara, Domingos Rodrigues Garcês, toma posse desta casa em representação da madre D. Isabel.OUTROS VÍNCULOS:i) casa terreira doada à confraria do Bom Jesus da Sé, de que é irmã, com pensão de duas missas anuais por sua alma, uma em dia de Nossa Senhora da Assunção e outra em dia da sua festa; ii) foro de cinco tostões na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos com pensão de uma missa anual a Nossa Senhora da Encarnação desta cidade; iii) foro de 560 réis à Confraria das Chagas de Nossa Senhora do Calhau, com obrigação de uma missa anual em dia de Nossa Senhora do Rosário.Destes vínculos não se prestam contas nestes autos.ÚLTIMO ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS: George Banger Welsh; Conde de Carvalhal.Outras informações do testamento e codicilo (f. 2 a 12, 14 a 17 v.º):Irmã da Santa Casa da Misericórdia do Funchal.Morada na rua dos Medinas, Funchal.ENTERRAMENTO: «quando sua alma se apartar de seu corpo» (f. 3 v.º) manda enterrar-se no convento de São Francisco, na cova do pai Manuel Afonso Cortes, situada no capítulo.ESCRAVOS: preto Mateus Dias - a instituidora revoga a decisão de o libertar e, no codicilo, deixa-o ao sobrinho Nicolau de Brito de Oliveira,para servi-lo «naquilo que suas forsas abrangerem», recomendando-lhe o bom trato por ser criado em casa, pelo serviço prestado e amor que lhe tem, acrescentando que quando morrer deverá ser enterrado «não como escravo mas como se fora filho» (f. 14 v.º).OUTRAS PROPRIEDADES: i) duas casas terreiras na rua das Medinas, legadas em vida ao menino Manuel, filho de Pedro Martins, tanoeiro e de Ana Pinheira, para sustento dos seus estudos e futuro património, quando se tornasse sacerdote. Não o sendo, ou quando falecesse, as casas retornariam ao herdeiro universal da testadora, Nicolau de Brito de Oliveira;ii) casas onde mora na rua dos Medinas, que deixa ao dito Nicolau de Brito de Oliveira, pensionadas com o foro de dois mil e tantos réis. Estas casas mais as duas terreiras acima mencionadas andariam anexas com o serrado abaixo, casas e água e nunca se dividiriam, e por morte do herdeiro Nicolau ficaria a sua filha D. Joana para ser freira, não o sendo o pai disporia da dita fazenda e a nomearia no filho ou filha que quisesse (f. 9), para que fosse correndo na sua geração.ii) serrado e fazenda de pomar e terras de pão no Estreito de Câmara de Lobos e um lugar de vinhas junto das casas em que morava seu irmão Gaspar Cortes, deixadas ao sobrinho Nicolau de Brito de Oliveira, com obrigação de pagar ao convento de Santa Clara 25.000 réis anuais, se o sobrinho quisesse pagar ao convento mil cruzados estas propriedades ficariam livres e desembargadas.iii) serrado de canas defronte do mosteiro de São Bernardino, deixado ao mesmo sobrinho, com obrigação de dar às irmãs madres D. Catarina da Conceição e D. Maria da Coluna e às quatro primas freiras dez cruzados a a uma para um hábito (isto com o rendimento da primeira novidade do serrado).TESTEMUNHAS: [do testamento] António Gonçalves Viana; Gonçalo Fernandes “Donis”; Manuel Rodrigues, caixeiro; Manuel Fernandes, alfaiate; Sebastião de Teives, todos moradores nesta cidade; João Fernandes, morador no limite de Câmara de Lobos; Belchior Carvalho, morador no beco das “Alanhas”. [do codicilo] Diogo Barbosa, ourives do ouro; António Gonçalves, saboeiro; Domingos Ferreira, dourador; Manuel de Casados, soldado; João Correia Lobo, soldado; Baltazar de Abreu, ajudante; Sebastião Correia, todos moradores nesta cidade.LITERACIA: sabe ler e escrever (tem um caderno de contas «feito de minha letra» f. 6).Outros documentos:Fl. 18 a 19 - Quitação das madres soror Margarida de São Diogo e abadessa soror Beatriz do Espírito Santo de como receberam de Francisco Luís de Vasconcelos Bettencourt, o valor de 1.000 réis, de umas casas sitas na rua do Ribeirinho, pertencentes à herança de D. Isabel Cortes, e de outras quantias. 1720-05-10.F. 33-39 v.º - Indulto apostólico de componenda de pensões caídas, datado de 1819-01-28, e obtido pelo administrador João de Carvalhal Esmeraldo.

Cota atual

106-6

Cota original

Mç. 2, n.º 20

Cota antiga

Cx. 3, n.º 6

Idioma e escrita

Português

Notas

Este processo inicia-se no último quartel do séc. XVII, por motivo de reforma na vigência do administrador Luís Vicente de Carvalhal Esmeraldo.

Publicador

josevieiragomes

Data de publicação

15/01/2024 15:22:31