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João Higino Ferraz

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João Higino Ferraz

Detalhes do registo

Identificador

1039713

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/ABM/JHF

Código da entidade detentora

ABM

Código do país

PT

Tipo de título

Formal

Título

João Higino Ferraz

Datas

1831  a  1951 

Dimensão

7 cx: 94 liv.; 51 cap.; 1 cad. e 1 mç.

Suporte

Entidade detentora

Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira

Produtor

João Higino Ferraz (1863-1946)

História administrativa/biográfica/familiar

João Higino Ferraz nasceu em 12 de outubro de 1863, no Funchal. Estudou em Lisboa e trabalhou a pedido do seu tio, Severiano Alberto Ferraz, na fábrica da Ponte Nova, a qual dirigiu, de 1882 a 1886, após o falecimento daquele tio.A doença da cana-de açúcar e as dificuldades financeiras resultaram na liquidação da sociedade "Ferraz Irmãos", fundada pelo pai e tios de João Higino Ferraz, respetivamente, João Higino Ferraz, Severiano Alberto Ferraz e Ricardo Júlio Ferraz. Este último perdeu o braço esquerdo no moinho de cana da fábrica da Ponte Nova no segundo ano de laboração.Numa nota manuscrita, João Higino Ferraz revela que herdou do seu avô, Severiano Alberto de Freitas, um livro sobre a sua indústria de destilação de vinho da Madeira, xaropes de uva e refinação de açúcar de cana, antes da existência da fábrica da Ponte Nova. O seu avô fez um alambique a vapor e estabeleceu a primeira fábrica de açúcar no Funchal. Morre em 1856 com cólera morbus.Casou, a 6 de junho de 1891, com D. Maria Elisa de Meneses Correia da Silva Acciaiuoli, de quem teve cinco filhos.De 1888 a 1899 arrendou a fábrica da Ponte do Deão ao pai do amigo Joaquim Augusto de Sousa, Cristóvão de Sousa. Ingressa na fábrica do Torreão, em 1899, como técnico industrial e, a partir de 1900, é celebrado um contrato sem tempo determinado, perfazendo um total de 45 anos de trabalho ao serviço de Harry Hinton, patrão e amigo, e, mais tarde, ao serviço de Hinton & Sons.Foi funcionário e acionista da empresa, tendo liberdade para fazer negócios. João Higino Ferraz entrou na Cooperativa do Torreão em março de 1916 com 10 ações de 10$00. Além da atividade notável na fábrica do Torreão, João Higino Ferraz estabelece uma vinharia na Quinta do Seixeiro, Santo da Serra, onde desenvolve a sua arte de fazer bebidas, tais como: vinho, cerveja, cidra e até uma bebida própria designada VCM (vinho cidre malte). Faleceu com 83 anos de idade em 31 de julho de 1946, no Funchal.

História custodial e arquivística

Não foi possível determinar onde e com quem permaneceu este arquivo entre a data da morte de João Higino Ferraz e a data da sua doação ao Centro de Estudos de História do Atlântico, bem como não foi possível identificar a data da referida doação, nem o seu doador. É ainda importante referir que há documentos do arquivo de João Higino Ferraz referenciados em publicações do Dr. Alberto Vieira, tais como os dois primeiros copiadores de cartas e uma fotografia dos técnicos da fábrica do Torreão, que não se encontram neste conjunto documental agora descrito e cuja localização é, atualmente, desconhecida.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Doação não formalizada ao Centro de Estudos de História do Atlântico, em data desconhecida. O fundo foi incorporado no Arquivo e Biblioteca da Madeira a 13 de novembro de 2020.

Âmbito e conteúdo

O fundo é constituído por três secções: A - Documentos pessoais;B - Atividade profissional;C - Engenho do Dr. Catanho de Meneses.A primeira secção é constituída por correspondência recebida e expedida, correspondência trocada com familiares, amigos e até mesmo Harry Hinton, que além de seu patrão, era seu amigo.Na segunda secção, destacam-se os livros de notas, os quais são quase um diário da sua atividade profissional, quer na Fábrica do Torreão, quer a título particular.A terceira secção é composta por documentos possivelmente acumulados por João Higino Ferraz.

Sistema de organização

A organização das secções obedeceu a um critério alfabético. A ordenação das unidades de descrição de cada série obedeceu a um critério alfabético e cronológico.

Condições de acesso

Comunicável.

Condições de reprodução

Reprodução para exposição, publicação e utilização comercial mediante autorização da Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira. Em todas as imagens serão obrigatoriamente referenciados os respetivos créditos, segundo o regulamento interno de reproduções.

Idioma e escrita

Português; Francês; Inglês; Alemão.

Instrumentos de descrição

Arquivo e Biblioteca da Madeira, João Higino Ferraz: inventário, 2020 (IDD n.º 167).

Unidades de descrição relacionadas

Arquivo e Biblioteca da Madeira, Espólio José Sainz-Trueva: inventário, 2012 (IDD n.º 41).Arquivo e Biblioteca da Madeira, William Hinton & Sons, 2020 (IDD n.º 164).

Notas do arquivista

TítuloAutoria das descrições e fontes consultadas Data2020-08-27 ArquivistaAna Men Nota do arquivistaDescrição documental e inventário elaborado por Ana Men entre julho e novembro de 2020.Bibliografia consultada:CLODE, Luiz Peter, 1983, Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses: Sécs. XIX-XX, Funchal, Caixa Económica do Funchal, pág. 255.SILVA, Fernando Augusto da e MENESES, Carlos Azevedo de (1998), Elucidário Madeirense, vol. 2.º (F-N), edição fac-símile da edição de 1940-1946, Funchal, Secretaria Regional de Turismo e Cultura, Direção Regional dos Assuntos Culturais.VIEIRA, Alberto, 2004, Canaviais, açúcar e aguardente na Madeira: séculos XV a XX, Funchal, Centro de Estudos de História do Atlântico.VIEIRA, Alberto (coord., prefácio e notas), SANTOS, Filipe dos (leitura, transcrição e notas), 2005, João Higino Ferraz. Copiadores de Cartas (1898-1937), Funchal, Centro de Estudos de História do Atlântico.VIEIRA, Alberto (coord., prefácio e notas), SANTOS, Filipe dos (leitura, transcrição e notas), 2005, Açúcar, Melaço, Álcool e Aguardente. Notas e Experiências de João Higino Ferraz (1884-1946), Funchal, Centro de Estudos de História do Atlântico.